
O dia 16 de dezembro de 2016 já entrou para a história do movimento sindical. Os agricultores familiares atenderam o pedido da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS) e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais participaram dos atos contra a reforma da Previdência Social – PEC 287/2016 – em mais de 50 municípios.
Em apenas dois dias, as lideranças conseguiram planejar as manifestações e mais de 20 mil pessoas saíram às ruas para mostrar toda a sua indignação contra esse projeto que, se aprovado, vai tirar direitos conquistados lá em 1988, com a Constituinte. Em Porto Alegre, a assessora jurídica da Fetag/RS Elaine Dillenburg, entregou um documento a Claiton Soares, substituto do gerente Executivo do INSS, na Gerência Executiva do INSS, que se comprometeu no envio para a Superintendência em Florianópolis.
Em vários locais ocorreram ocupações das agências do INSS, sempre de forma ordeira e pacífica, uma característica que a federação mantém ao longo de seus 53 anos de lutas e conquistas. O presidente, que cedo estava em Caxias do Sul e em por volta das 10h já estava em Bento Gonçalves, reforça que essa ação integra o conjunto de protestos que a entidade está puxando em todo o estado com a finalidade de mostrar à sociedade que ela precisa reagir e sensibilizar deputados e senadores para que tenham um olhar mais criterioso para a reforma e não cobrar de quem não deve essa conta.
Carlos Joel da Silva destaca que não são os trabalhadores rurais e urbanos que têm que pagar a conta, mas sim, combater a sonegação, os privilégios e, principalmente, fazendo uma reforma no estado brasileiro, começando pelos municípios, Estado e governo federal, bem como, auditando a dívida do País. “Vamos mobilizar para que seja impedida a perda de direitos dos trabalhadores rurais”, afirmou.