Desde terça-feira, 6, bancários de instituições públicas e privadas do Brasil entraram em greve, e a paralisação segue por tempo indeterminado. A categoria quer reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras reivindicações. Em Venâncio, a adesão é de cerca de cem funcionários de todas as agências bancárias.

Conforme o diretor de Comunicação do Sindicato dos Bancários, Cândido Castro Machado, não há nenhuma negociação marcada para que a situação mude. Apenas hoje, na parte da tarde, haverá uma reunião do Comando Nacional de Greve a ser realizada em São Paulo, na Confederação Nacional dos Bancários. O objetivo do encontro é fazer uma avaliação da greve e intensificar as mobilizações que cresceram a nível nacional.

PROPORçõES DA GREVECândido destaca que no Rio Grande do Sul são 1.012 agências paradas, e municípios como Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Candelária, Taquari, Arroio do Tigre, Sobradinho e Vera Cruz juntos totalizam 30 delas sem oferecer atendimento dos bancários.

Segundo Cândido, até ontem, havia 11.437 agências paradas no Brasil, o que totaliza um percentual de 83% maior do que no primeiro dia de greve. Sem previsão sobre até quando a paralisação permanecerá, o diretor destaca: “Continuaremos em greve enquanto não for oferecido um reajuste que contemple a inflação do período, além do aumento real. Isso porque nos últimos 20 anos, nós sempre tivemos algum tipo de aumento real.”

POPULAçãOCândido assegura que, até o momento, a grande maioria da população administra bem este período, sem fazer reclamações. As pessoas ainda conseguem ser atendidas no autoatendimento, bem como, nas lotéricas: “Os clientes que precisaram de atendimento na semana passada, quando teve pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, foram atendidos nas agências dentro do possível. Essa semana já é uma semana com menos movimento, o que não causará grandes transtornos”, explica.