Começa a temporada das doenças respiratórias
Quem tem criança em casa sabe: o frio é um convite para as doenças respiratórias aparecerem. Nariz entupido, tosse e febre são alguns dos sintomas que fazem os consultórios médicos, os hospitais e os postos de saúde ficarem lotados nesta época do ano.
Glaucia Ruschel conhece o drama de todo inverno. O filho Luiz Armando, de 7 anos, agora está melhor, mas desde bebê tem rinite. “Este ano que deu uma trégua”, conta. Ela lembra que chegou a parar de trabalhar por um período em 2010 para se dedicar ao filho: “Toda semana a gente estava no médico”.
O pediatra Vilson Gauer relata que as crianças pequenas são mais suscetíveis porque possuem baixa imunidade. Além disso, interagem mais próximas umas das outras e colocam diversos objetos e brinquedos na boca. “Assim, o contágio é maior”, cita. Ele também destaca: “Geralmente as doenças respiratórias começam com quadro de coriza, obstrução da narina, tosse, febre baixa e dor de garganta”.
O profissional ainda enfatiza a situação das pessoas alérgicas. “Cerca de 20% da população é alérgica”, comenta. Estes pacientes apresentam crises no outono e no inverno em decorrência não só do frio, mas da maior circulação dos vírus.
Prevenção
Vilson recorda que medidas básicas são fundamentais na prevenção das doenças respiratórias e da gripe, que também é frequente neste período do ano. Ele orienta as pessoas a se agasalharem bem, manterem uma alimentação saudável e uma rotina de atividades físicas. O pediatra também salienta a importância de ingerir bastante água: “No inverno algumas pessoas acabam ingerindo menos água, o que é errado”.
Em relação ao ambiente, o ideal é manter salas e quartos ventilados e evitar tapetes e cortinas, que retêm ácaros.O médico também explica que não se deve esperar para consultar diante dos primeiros sintomas, muito menos se medicar por conta própria. “Desse modo a pessoa pode ocultar outros sintomas e o diagnóstico exato fica mais demorado”, afirma.
Vilson ainda cita a vacina contra a gripe como uma importante alternativa de prevenção, disponível para idosos, gestantes e crianças com idade entre 6 meses e menos de 2 anos nos postos de saúde. Ele lembra que pessoas que não fazem parte dos grupos considerados prioritários para vacinação podem procurar clínicas particulares ou solicitar a imunização gratuita com atestado médico.
Leia mais: diferenças entre as doenças respiratórias