Proteção de senhas é fundamental para garantir a privacidade de dados (Foto: Pexels/Divulgação)
Proteção de senhas é fundamental para garantir a privacidade de dados (Foto: Pexels/Divulgação)

Em um contexto cada vez mais digital, em que muitos serviços essenciais são oferecidos de forma online, também tem se tornado comum que informações estritamente confidenciais fiquem armazenadas nos mesmos portais. Um exemplo é o site gov.br, vinculado ao Governo Federal, por onde é possível acessar uma série de dados sobre o cidadão. Redes sociais e aplicativos de banco também compõem a lista de contas que precisam ter segurança redobrada para se manter distante de invasores.

Justamente para o sigilo do acesso a conteúdos confidenciais, as empresas de tecnologia têm se aprimorado em mecanismos mais seguros, que tornam senhas mais fortes e acessos mais restritos. Em participação no programa jornalístico Folha 105 – 1ª Edição, da Rádio Terra FM, o especialista em tecnologia, Rafael Viana, explicou que, hoje em dia, a maior parte dos golpes e fraudes que acontecem poderiam ser evitados com cuidados básicos de segurança.

Senhas diferentes

Uma das formas mais simples de garantir a privacidade é estabelecer senhas diferentes para contas distintas. “Para rede social, e-mail, sites que são mais críticos, mais importantes, tenha senhas diferentes. Tenha algumas senhas específicas para uso apenas nesse site”, recomendou Viana. Segundo ele, ter o mesmo acesso em diferentes portais representa um risco, considerando que, em casos de erros internos que causem invasões de hacker, senhas cadastradas podem ser expostas.

O delegado de Polícia e especialista em investigação de crimes cibernéticos e segurança da informação, Emerson Wendt, também no programa, lembrou que atualmente há aplicativos gerenciadores de senha, que sugerem e guardam estes códigos, facilitando que o mesmo não seja adotado em diferentes contas. Esses recursos ainda têm a funcionalidade de promover uma rotação da senha de forma periódica.

Tamanho da senha

Mas não basta delimitar códigos diferentes se esses não forem fortes. “Quanto mais diversidade de caracteres — letra maiúscula, minúscula, sinais, números —, mais complexa a senha fica e se torna mais difícil de ser invadida, descoberta”, apontou Viana. O usuário mais atento, no entanto, certamente já notou que vários sites adotam essa estratégia no momento do cadastro da senha e não permitem a elaboração de acessos considerados fracos.

“Quando a gente vai criar uma senha, parece que os sites estão querendo complicar de termos que pensar em senhas muito elaboradas, mas existe uma motivação por trás disso, que é dificultar o trabalho de quem está tentando invadir essas contas. Então, esse é um cuidado também que as pessoas têm que ter, mas hoje boa parte dos sites já induzem e recomendam criar essas senhas mais complexas”, detalha

Autenticação em duas etapas

Outro recurso parceiro da prevenção a fraudes e invasões é a autenticação em duas etapas. Quando ativada, a plataforma ou site envia um aviso, em geral para o e-mail, celular via SMS ou aplicativo, toda vez que é feito um login. Dessa forma, além de preencher corretamente usuário e senha, é necessário — por meio dessa segunda etapa — confirmar que foi mesmo o titular quem tentou o acesso.

Wendt adicionou que o mecanismo é mais seguro quando é realizado por aplicativo e não por e-mail ou SMS. Dois deles são o Microsoft Authenticator e o Google Authenticator. “Você tem o seu celular como sendo essa chave extra para abrir o cofre”, comparou Viana.

Juan Grings

Repórter

Atento aos principais fatos que impactam a comunidade, também é produtor de programas jornalísticos da Rádio Terra FM.

Atento aos principais fatos que impactam a comunidade, também é produtor de programas jornalísticos da Rádio Terra FM.