Aumento de casos de esporotricose chama a atenção em Venâncio

Pauta na sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires na última segunda-feira, 24, o aumento no registro de gatos infectados pelo fungo Sporothrix, que causa a esporotricose, tem preocupado veterinários da Capital do Chimarrão. Luciano Frozza confirma a percepção e garante que os números são altos: “Os casos têm aumentados esse ano, sim. E, possivelmente agora com a vinda do verão, esses casos têm tendência de ‘explodir’”, alerta.

A transmissão pode ocorrer pelo contato com a terra e com espinhos, mas a causa mais comum é através de gatos contaminados, que já estejam adoecidos. Em geral, felinos com a doença apresentam feridas na pele, principalmente nos rostos e nas patas. Estas lesões, por vezes, começam como nódulos vermelhos e podem evoluir para úlceras mais profundas. Já quando chega a humanos, são sintomas mais comuns lesões na pele, dor, calor e limitações funcionais.

Segundo Frozza, o tratamento também é complicado. “É demorado, são lesões doloridas, o custo do antifúngico é alto. Você leva, às vezes, meses para tratar doença tomando medicação. Então é um caso de saúde pública”, explica.

Castração é prevenção à esporotricose

Para o médico veterinário, a melhor forma de prevenir esta e demais doenças transmissíveis entre animais é a castração, especialmente dos que vivem nas ruas. ele pontua que há colônias de gatos já catalogadas na cidade, onde dezenas de gatos se reproduzem rapidamente, se tornando um foco da doença: “Esses gatos serão migrantes, vão para outros bairros, outros lugares.” Uma vez castrados, eles se tornam mais ‘caseiros’ e tendem a não ir para outras regiões da cidade

Outro aspecto, em especial no que se refere à esporotricose, que pode ser amenizado com a castração dos felinos machos é que faz com que estes se tornem menos ‘brigões’ – e a forma com que o fungo é transmitido se dá, em geral, através de mordidas e arranhões. “É importantíssimo o controle para a gente evitar uma epidemia. Entendo que haja necessidade de um olhar mais atento por parte dos órgãos públicos”, conclui.