Foto: Kethlin Meurer / Folha do MateDedicação, cuidado, carinho e alegria, são esses os valores cultivados a cada dia por Arthur, Amanda, Eduardo e Cristiane
Dedicação, cuidado, carinho e alegria, são esses os valores cultivados a cada dia por Arthur, Amanda, Eduardo e Cristiane

Sorriso sincero, olhar ingênuo e uma alegria conquistada através de simples coisas do dia a dia. São essas algumas das principais características de muitas crianças. Como segunda-feira é dia delas, nada mais justo do que falar sobre essas ‘figurinhas’ que alegram a vida de muitas pessoas. Mas quem ainda não escutou um comentário de que as crianças de hoje não são mais iguais àquelas de anos atrás? O que há de novo nesse mundo infantil?

Não importa a idade, todas as pessoas em uma determinada fase da vida foram crianças um dia. Para a psicóloga Joana Puglia, ser criança é estar em um período de aprendizado, de crescimento e construção da personalidade. E pode ser assim chamada, toda a pessoa com até 11 anos.

Ela destaca que as crianças de hoje não deixam de serem crianças, mas o que ocorre, é que são dados recursos e ferramentas diferentes a elas.

DIFERENçASA forma de relação das crianças com o mundo é algo que mudou em relação aos anos anteriores. Antes, por exemplo, elas tinham muito mais medo, existia uma hierarquia com os adultos, os quais as colocavam em um patamar zero: “A criança obedecia e o adulto decidia tudo por ele.” Hoje, por sua vez, ela tem voz, diz o que sente e pensa. Para a psicóloga, as crianças têm uma tendência a viver melhor à medida em que já existem mais leis que as protejam.

ERROSAlém de deixarem as crianças fazerem o que desejam, alguns ‘pais de hoje’ pecam quando as deixam durante muito tempo sozinhas diante dos dispositivos eletrônicos, pois, segundo a psicóloga, os conteúdos não têm uma censura como deveriam ter.

Outro aspecto que as crianças perdem muito através do isolamento com a tecnologia, se refere à capacidade de empatia, porque apenas se aprende a conviver com o próximo através da conversa ‘olho no olho’, ou seja, do ato de enxergar a expressão do outro, algo que as relações virtuais não permitem. “A pessoa aprende a perceber quando não agradou ou quando alguém ficou magoado através desse convívio, e isso é uma grande perda da criança nessa nova era virtual”, comenta.

O medo dos pais de dizer não, de contrariar os filhos e de não poder bater, também são erros frequentes. A psicóloga explica que bater é diferente de corrigir, pois existiram muitos pais que jamais bateram nos filhos, os quais não deixaram de se tornarem adultos educados.

Confira a matéria completa na edição deste sábado, 10, ou no flip.