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CONFIRA: Comentaristas analisam pesquisa Folha/Methodus para Prefeitura de Venâncio

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O programa Conversas de Fato, da Rádio Terra FM, repercute na manhã deste sábado, 31, a realização da primeira pesquisa eleitoral para Prefeitura de Venâncio Aires. Serão, ao todo, três rodadas de pesquisa ao longo da campanha eleitoral.

A pesquisa encomendada pela Folha do Mate ao Instituto Methodus aponta, na versão estimulada (quando são apresentados os nomes dos candidatos), Jarbas da Rosa (PDT) na primeira posição, com 43,3%. Em segundo lugar aparece Giovane Wickert (PSB), com 23,3% e, na sequência, vêm Maciel Marasca (PP), com 19,3%, e Cândido Faleiro Neto (PT), com 1,8%. Brancos e nulos somam 2,3%, já os indecisos (Não sabe) são 10,3%.

Assista ao programa no Terra Play

Saiba mais:
Por Sérgio Klafke: Jarbas larga com 20 pontos na frente na primeira rodada da pesquisa Folha/Methodus

Por Carlos Dickow: Jarbas e Izaura são os favoritos

Saiba sobre a pesquisa

AO VIVO: Rádio Terra FM e Jornal Folha do Mate apresentam programa especial com a cobertura das enchentes

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Foto: Renan Zarth/Terra FM

A partir das 14h deste domingo, 5, a Rádio Terra FM e o Jornal Folha do Mate apresentam um programa especial com as últimas atualizações sobre as enchentes que atingem diversos pontos da região. Serão entrevistas, informações sobre serviços, boletins das ruas, entre outros. Haverá transmissão com imagens no Terra Play, pelo YouTube, e pelo Facebook.

A cobertura da Rádio Terra FM e do Jornal Folha do Mate sobre os efeitos das chuvas, que começaram ainda na última segunda-feira, 29, seguem em todas as plataformas: site, rádio, redes sociais e edições impressas.

Assista ao vivo:

Novo mestre conselheiro assume Ordem DeMolay de Venâncio Aires

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Integrantes, familiares e lideranças acompanharam a posse (Fotos: Júnior Posselt/Folha do Mate)

A tarde chuvosa deste sábado, 28, foi marcada pela mudança na gestão do Capítulo 906 da Ordem DeMolay, de Venâncio Aires. Integrantes, familiares e lideranças acompanharam a posse do novo mestre conselheiro Gabriel Muller da Silva, que assume as atividades pelos próximos seis meses – tempo de duração de cada mandato.

Até então, quem estava no comando era Augusto Fischer Wietzke. “Foi um período de muito aprendizado, trabalho e sei que conseguimos ajudar muitas pessoas”, destaca o jovem. Além de atividades para crescimento intelectual dos participantes, a entidade também preza por auxiliar a comunidade em diversas ações. “Somos um grupo discreto, ou seja, realizamos ações, mas não buscamos popularidade”, salienta.

O novo mestre conselheiro (equivalente ao cargo de presidente), Gabriel Muller da Silva, está há cerca de um ano participando do capítulo de Venâncio Aires. “Foi um somatório na minha vida. Comecei em maio do ano passado, bem nas enchentes. Reunimos o pessoal, ajudando a comunidade, e isso me motivou”, aponta.

  • Nova diretoria
    – Mestre conselheiro: Gabriel Muller da Silva
    – 1º Conselheiro: Miguel Mahle Henn
    – 2º Conselheiro: Djonatan Gass
    – Tesoureiro: Lucas Geller Weiller
    – Hospitaleiro: Mateus Kist de Souza
    – Escrivão: Affonso Knak

A atuação na ONG Parceiros da Esperança (Paresp) e Casa de Acolhimento faz parte da organização dos jovens. Atualmente, a Ordem DeMolay de Venâncio conta com aproximadamente 30 participantes.

Corpo do professor Antônio Pilz Neto será sepultado neste domingo

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(Foto: Divulgação)

Será sepultado neste domingo, 29, o corpo do professor Antônio Pilz Neto. Conhecido por relevantes contribuições à educação de Venâncio Aires, ele morreu na manhã deste sábado, 28, em uma clínica em Santa Cruz do Sul. O velório ocorre até as 22h de hoje na Capela Velatória Organização Kist, reabrindo amanhã a partir das 7h. Os atos de encomendação e sepultamento serão realizados a partir das 10h.

O professor atuou em escolas e universidades e ministrou palestras. Além de ter sido uma das lideranças da comissão que criou a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cônego Albino Juchem, articulou a criação da Biblioteca Pública Caá Yari.

Na política, foi vereador de 1969 a 1972, sendo que presidiu o Legislativo nos anos de 1970 e 1971. Nos últimos anos, estava internado em uma clínica de Santa Cruz do Sul em função de problemas de saúde. Antônio Pilz Neto deixa enlutados, a esposa Beatriz Feix Pilz, três filhos e quatro netos.

Somente R$ 156 mil do IR são destinados para os fundos sociais em Venâncio

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(Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Durante o período de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), era possível que o contribuinte destinasse até 6% do valor devido aos fundos municipais da Criança e Adolescente e da Pessoa Idosa. Ainda que a ação, conhecida como ‘Imposto do Bem’, não resulte em pagamentos extras, a adesão da comunidade venâncio-airense foi baixa neste ano.

Na Capital Nacional do Chimarrão, 4.662 pessoas estavam aptas para a destinação legal dos 6%. No entanto, apenas 190 doaram (ou seja, 4%). O valor total estimado para doação pela Receita Federal era de R$ 2.776.377,79 e, deste montante, somente R$ 156.691,77 foi destinado – cerca de 5,6%. Do total, 54,9% foi encaminhado para o Fundo da Criança e do Adolescente e 45,1% para o Fundo dos Direitos da Pessoa Idosa.

As entidades aptas a receber recursos financeiros através do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comdica) são a Organização Não Governamental (ONG) Parceiros da Esperança (Paresp); o Comitê de Cidadania Contra a Fome, Miséria e pela Vida de Venâncio Aires; o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee); a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) de Venâncio Aires; a ONG Planeta Vivo; a ONG Alphorria; e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Por meio Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMI), as entidades são o Lar Novo Horizonte, a Associação da Terceira Idade e o Serviço Social do Comércio (Sesc).

Destinação para os fundos sociais

O contribuinte que doa por meio da destinação legal de até 6% do valor do Imposto de Renda devido ajuda centenas de pessoas e não paga nada a mais por isso. Na hora de realizar a declaração, o contribuinte precisa optar pelo modelo completo e informar ao contador que deseja fazer a destinação. Esta doação pode ser de até 3% para cada fundo, podendo indicar a entidade que deseja que seja beneficiada com o valor.

Uma das beneficiadas com os valores, a ONG Paresp atende diariamente 120 crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social (Foto: Alvaro Pegoraro)

Em Venâncio

MunicípioConselho Criança e AdolescentePessoa Idosa
Venâncio Aires54,9% 45,1%
Mato Leitão62,3%37,7%
Passo do Sobrado31,4%68,6%
Vale Verde100% 0%

Doações para fundos sociais

Município Valor potencial (aptos)Valor doadoDoadores
Venâncio AiresR$ 2.776.377,79 (4.662)R$ 156.691,77 (5,6%)190 (4%)
Mato LeitãoR$ 89.139,71 (243)R$ 8.131,66 (9,1%)10 (4,1%)
Passo do SobradoR$ 67.073,13 (240)R$ 6.833,99 (10,1%) 9 (3,75%)
Vale VerdeR$ 40.869,83 (113)R$ 168,28 (0,41%)1 (0,8%)

Conselhos e fundos sociais

Segundo a Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Social, o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMI), passa por reestruturação, assim como outros conselhos que não conseguiram dar continuidade ao trabalho em virtude da tragédia climática de maio do ano passado.

No primeiro semestre de 2025, o conselho passou por substituição de membros e eleição de nova diretoria. Além disso, está agendada uma capacitação aos conselheiros, no dia 21 de julho, para tirar dúvidas sobre o papel do conselho, quais projetos podem aprovados e outras questões.

Também estão confirmados os repasses para o banco municipal de empréstimo gratuito de itens ortopédicos e hospitalares, voltado para pessoas idosas, para apoio temporário ou contínuo às necessidades de cuidado e reabilitação, bem como para a terceira edição do programa ‘Envelhecer é Viver’, desenvolvido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) com oficinas de hidroginástica, câmbio, jogos clássicos, estímulos cognitivos, pilates solo e corpo em movimento. Serão, ao todo, 10 oficinas.

Toda entidade inscrita no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (Comdica) e que se enquadre nos editais a serem lançados no ano de 2025, poderá participar, observadas as exigências de cada edital. No momento, estão sendo elaborados dois editais, que serão lançados ainda neste ano.

Um edital servirá para fomentar cinco projetos de entidades com o valor de R$ 60 mil, totalizando um investimento de R$ 300 mil, sem relação com o Imposto de Renda. O outro edital chancela os projetos para captação de recursos através do ‘Imposto do Bem’.

Conforme o vice-presidente do Comdica, Leonardo Duarte da Rosa, as doações ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente são importantíssimas para a promoção dos direitos das crianças. “É uma forma de canalizar recursos que iriam para a União em projetos locais que realmente alcançam a vida de centenas crianças de nosso município”.

Rotary Chimarrão e Rotakids empossam novas gestões para o período 2025/26

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Pai e filha: Volnei Ruaro e Lívia Toillier Ruaro (Foto: Divulgação)

Em solenidade realizada na noite desta sexta-feira, 27, mais dois clubes de serviço de Venâncio Aires oficializaram suas novas diretorias para o período 2025/26. O evento ocorreu na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e reuniu integrantes dos clubes, representantes de entidades e autoridades locais.

No Rotary Venâncio Aires Chimarrão, quem assumiu a presidência foi Volnei Ruaro, sucedendo Adriano Becker, que esteve à frente da entidade no último ano. Participando do clube há nove anos, Adriano agradeceu o apoio da comunidade e dos companheiros de gestão. “É um momento de reconhecimento pelo trabalho coletivo e gratidão à comunidade que abraçou as nossas ações”, destacou. Entre as principais iniciativas do período, ele citou a pesquisa Preferência Real e o tradicional Costelão do Rotary, com recursos revertidos para projetos locais. “Ficamos satisfeitos com o resultado. O companheirismo entre o grupo foi essencial para tudo acontecer”, acrescenta.

Ao assumir a presidência, Volnei Ruaro, integrante do clube há 10 anos, reforçou o compromisso com a continuidade e o fortalecimento das ações comunitárias. “A motivação é fazer o bem sem olhar a quem. Temos uma equipe muito unida e disposta a colaborar, e isso nos impulsiona a seguir em frente”, frisa.

Adriano Becker passou o cargo de presidente para Volnei Ruaro
  • Conselho diretor 2025/26:
    – Presidente: Volnei Ruaro
    – Vice-presidente: Jandir Heidt
    – Secretário: Antonio Pedro Hentges
    – Diretor de protocolo: Eleno Daniel Stertz
    – Tesoureiro: Aline Gauer

Rotakids

Durante a mesma solenidade, também ocorreu a posse da nova presidente do Rotakids, clube apadrinhado pelo Rotary Chimarrão e que reúne crianças e adolescentes entre 6 e 13 anos. Lívia Toillier Ruaro, que há quatro anos participa das atividades, foi empossada como presidente. “Assumo o compromisso de continuar desenvolvendo ações que contribuam para um mundo mais justo e melhor, dentro e fora da nossa comunidade venâncio-airense”, disse durante a solenidade.

Pedro Feix Barden, que deixa a presidência após um ano de gestão, avaliou com entusiasmo a passagem pela liderança. “Foi um ano muito bom, um ano mágico. Desejo tudo de melhor para a nossa nova presidente”, declara. Ele permanece como integrante do clube, no qual atua há três anos.

  • Nova diretoria
    – Presidente: Lívia Toillier Ruaro
    – Vice-presidente: Nathan Delavy Coutinho
    – Secretária: Cecília Feix Barden
    – Diretor de protocolo: Arthur Vinícius Moraes
    – Tesoureira: Valentina Duarte da Rosa
Pedro Feix Barden passa a presidência do Rotakids para Lívia Toillier Ruaro

Pai e filha no voluntariado

O novo presidente do Rotary Chimarrão, Volnei Ruaro, é pai de Lívia Toillier Ruaro, que assumiu o Rotakids. O amor e atuação com o voluntariado faz parte da família. O irmão dela, Davi Toillier Ruaro também já foi presidente e atuou na gestão 2023/24. “O sentimento é de orgulho, ficamos muito felizes de conseguirmos trazer os filhos para a família rotária”, avalia Volnei.

Integrantes do Podemos de Venâncio Aires expõem racha

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Krämer, Braz e Sausen: Podemos corre risco de implosão em Venâncio Aires (Fotos: Divulgação)

Desde que o vereador Alberto Sausen votou a favor da chapa encabeçada por Dudu Luft (PDT) para a presidência da Câmara – e, consequentemente, se aliou à base governista –, integrantes do Podemos passaram a criticar o parlamentar, em especial o presidente da sigla, Celso Krämer. A relação, que não era nada boa, azedou de vez nas últimas semanas, quando correram boatos de que Krämer teria deixado a presidência da legenda e Sausen, atual vice, assumiria o posto.

O que ocorreu, na verdade, foi a saída do ex-vice-prefeito do cargo de coordenador regional do Podemos. A versão dele é de incompatibilidade de horários, em virtude de compromissos pessoais e profissionais, mas fontes ligadas ao partido afirmam que Krämer teria perdido a função por promessas feitas e não cumpridas, em alguns municípios, durante a campanha eleitoral de 2024. “Tinha que bater ponto em Porto Alegre, aí ficou inviável e me desliguei”, argumenta ele.

Entretanto, Krämer garante que segue à frente do Podemos em Venâncio Aires. “Não faz 20 dias que entreguei uma prestação de contas do partido”, comentou, para na sequência enviar à redação integrada da Folha do Mate e Terra FM, uma foto de uma certidão que atesta sua filiação regular à sigla. Isso porque também correu pelos bastidores da política que teria se desfiliado da legenda.

Racha exposto

Incomodado com a situação, o presidente aproveitou para expor sua contrariedade à forma como o único vereador do Podemos vem atuando no Legislativo. Além de criticar a aliança com o grupo governista, Krämer entende que Sausen deveria dar oportunidade, nos cargos de assessoria, para suplentes. “Os assessores que ele botou foram se filiar ao partido muito tempo depois. E eu duvido muito que ele tenha se aliado ao prefeito sem ganhar nada em troca. Poderia colocar os suplentes como assessores, pois é assim que se faz um partido. Ele está matando o Podemos”, disparou.

Perguntado sobre o fato de o primeiro suplente da sigla ser o seu filho, Diego Krämer, o presidente afirmou que “ele não precisa disso, pois planta fumo e tem caminhão que faz viagens, mas seria uma forma de valorizar quem ajudou a eleger o único vereador que temos”. O segundo suplente do partido, ex-vereador Renato Gollmann, assumiu cargo de coordenador da agência FGTAS/Sine de Arroio do Meio, no Vale do Taquari. “E quem conseguiu fui eu”, disse Krämer.

Sausen cauteloso

Sausen afirmou que prefere não fazer manifestação mais alongada neste momento. “Nem sei mais o que falar sobre isso”, declarou. Ele falou que vai aguardar a vinda de representantes da executiva estadual a Venâncio Aires, para que as arestas possam ser aparadas. Garantiu também que vai continuar atuando da mesma forma na Casa do Povo. “É minha consciência que vale”, concluiu.

Executiva estadual

  • A redação integrada da Folha do Mate e Terra FM entrou em contato com o presidente estadual do Podemos, Everton Braz, para repercutir a polêmica. Ele afirmou que não estava ciente de que a situação do partido era delicada na Capital do Chimarrão, mas prometeu dialogar com os integrantes para assegurar que a legenda siga se consolidando no município.
  • Braz reconheceu a importância de Celso Krämer na criação do Podemos em Venâncio Aires e disse que o afastamento dele do cargo de coordenador regional foi consenso. Sobre os ataques do presidente ao vereador, declarou que “precisamos respeitar o mandato e saber que o partido é maior do que as pessoas”. O dirigente estadual vai intervir e tentar, por meio do diálogo, um ‘cessar-fogo’.

Morre o ex-vereador e professor Antônio Pilz Neto

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(Foto: Divulgação)

Morreu neste sábado, 28, o professor, ex-vereador e escritor Antônio Pilz Neto, aos 89 anos. Reconhecido pelo trabalho dedicado à educação de Venâncio Aires, ele também foi secretário de Educação e colunista do Jornal Folha do Mate por cerca de duas décadas.

Ao longo da carreira, atuou como professor em escolas e universidades e ministrou palestras. Foi uma das lideranças que integrou a comissão que criou a Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Cônego Albino Juchem.

Também foi um dos principais articuladores da criação da Biblioteca Pública Caá Yari. A motivação foi a partir da própria casa, onde mantinha um acervo particular de livros e recebia estudantes para realizarem as pesquisas.

Na política, foi vereador de 1969 a 1972, sendo que presidiu o Legislativo nos anos de 1970 e 1971. Nos últimos anos, estava internado em uma clínica de Santa Cruz do Sul em função de problemas de saúde.

Ele deixa enlutados a esposa, três filhos e netos. Familiares já tratam sobre os atos fúnebres.

Igreja matriz lotada para assistir concerto da Ospa

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Ospa se apresentou pela terceira vez em Venâncio Aires
Ospa se apresentou pela terceira vez em Venâncio Aires (Foto: Caco Villanova)

Sexta-feira, 27, à noite, a Igreja Matriz São Sebastião Mártir lotou para a terceira apresentação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) em Venâncio Aires. Regida pelo maestro Manfredo Schmiedt, teve como solista o clarinetista tcheco Milan Rericha. Também contou com a presença do trompetista venâncio-airense César Lenhardt. A apresentação iniciou pontualmente às 20h. O público, no entanto, começou a chegar pouco antes das 19h, para garantir o melhor lugar. Coube ao prefeito Jarbas da Rosa, ao secretário de Cultura e Esportes, Sandro Kroth, e o padre Roque Hammes dar às boas vindas a todos.

Maestro Schmiedt e solista Rericha (Foto: Caco Villanova)

Alguns expectadores foram acomodados no mezanino. Outros, assistiram o espetáculo em pé, ao fundo do grande salão paroquial, que, por volta de 1 hora e meia, teve cada espaço preenchido pelo som das obras de Ludwig van Beethoven (Abertura Leonora Nº 3, op.72b), Camille Saint-Saëns e John Glenesk Mortirmer (Sonata para Clarinete e Orquestra: allegretto, alegro animato, lento e molto alegro), Felix Mendelssohn-Bartholdy (As Hébridas/Gruta de Fingal, op 26), Luigi Bassi e Mortirmer (Conserto Fantasia sobre motivos da ópera Rigoletto de G. Verdi) e, por fim, Ernani Aguiar (Sinfonia Prima: allegro con brio, lento assai e vivace).

César Lenhardt (Foto: Caco Villanova)

Denominado Paisagens Virtuosísticas, o concerto faz parte das comemorações dos 75 anos da Ospa. Ao fim da apresentação, Schmiedt destacou a rara presença de um solista estrangeiro em turnê pelo interior do Estado e elogiou o talento de Rericha, bem como a presença do público. A apresentação se repetiu na Casa da Ospa, em Porto Alegre, na noite de sábado, 28.

Público foi elogiado pelo maestro (Foto: Caco Villanova)

70 anos de Emater-Ascar: trabalho rural e social

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Djeimi e a agricultora Marli Rosângela de Oliveira (Foto: Júlia Brandenburg)

A Emater/RS-Ascar fez aniversário em junho, quando completou 70 anos, no dia 2. Nesta data, foi fundada a Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar) que, em 1977, passou a atuar de forma conjunta com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS). Atualmente, são 1.670 empregados da Emater/RS-Ascar, que atuam nos 497 municípios gaúchos, beneficiando mais de 200 mil famílias que vivem no meio rural, como agricultores e pecuaristas familiares, comunidades indígenas e quilombolas, pescadores e assentados.

Em dezembro de 2026, o trabalho da Emater/RS-Ascar em Venâncio Aires completará seis décadas. Para o chefe do escritório local, Vicente Fin, mais do que celebrar o aniversário, é essencial lembrar dos colegas que já passaram e ajudaram a construir o caminho e a credibilidade junto aos agricultores. “É importante nos fortalecermos enquanto Emater e continuarmos o trabalho iniciado por outras pessoas. Foi criado, ao longo dos anos, um caminho para entrar nas propriedades das famílias. Assim, encontramos as porteiras abertas e somos acolhidos enquanto profissionais”, argumenta.

Venâncio

Fazem parte da equipe da Emater/RS-Ascar de Venâncio Aires o chefe do escritório local, Vicente Fin; o técnico agrícola Alexandre Kreibich; o engenheiro agrícola Diego Barden dos Santos; a extensionista rural e engenheira agrônoma Djeimi Janisch; a extensionista rural social Viviane Röhrs; e a estagiária Luiza Weyh. O escritório está localizado na rua Barão do Triunfo, número 1.265, no Centro.

(Foto: Divulgação)

Trabalho de extensão rural com a produção de morangos

Desde agosto de 2012, a engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Djeimi Janisch, de 40 anos, integra o escritório local da Emater/RS-Ascar como extensionista rural. Natural da Capital do Chimarrão, desde criança sempre soube que queria trabalhar com agricultura. Filha da professora Sulane e do agricultor Francisco, acompanhava de perto o trabalho da família. A história com a Emater, aliás, também começou na infância, já que a família Janisch era atendida pela equipe local da entidade.

Após se formar, foi aprovada em concurso da Emater/RS-Ascar e retornou ao município para aplicar, na prática, o que aprendeu em Santa Maria. Entre os diversos temas que envolvem o trabalho de um extensionista rural, ela se encontrou principalmente nos morangos, na horticultura e, claro, na erva-mate. Além de realizar visitas e acompanhar de perto as produções das famílias atendidas, também realiza tarefas administrativas.

A reportagem acompanhou uma tarde de trabalho de Djeimi para conhecer parte das atividades de uma extensionista. Na quarta-feira, 25, estava agendada a visita à produtora de morangos Marli Rosângela de Oliveira, de 57 anos, moradora de Linha São João, no interior de Venâncio Aires. Djeimi atende a família há mais de um ano e, segundo Marli, “já é da casa”.

Marli decidiu diversificar a propriedade no último ano e iniciar a produção de morangos. Procurou o escritório local da Emater/RS-Ascar e apresentou a ideia. Ela e o marido, João Aloísio Dörr, de 60 anos, também são produtores de tabaco. “No início, foi um grande desafio. Eu não sabia produzir e muito menos vender. Agora, é uma realização ver que as pessoas gostam e valorizam o meu produto”, relata.

Com as porteiras abertas, Djeimi chegou pelos fundos da propriedade, onde ficam as duas estufas de morango, com cerca de 2,4 mil mudas cultivadas. “Ô de casa, Marli! Cheguei!”, anunciou, batendo palmas ao entrar no pátio.

Prontamente, a agricultora recebeu a extensionista e a equipe de reportagem. O primeiro passo da visita foi verificar a situação das mudas nas estufas. Com olhar atento e cuidado com as plantas, a engenheira agrônoma examinou as folhas, enquanto era acompanhada por Marli, curiosa e dedicada à produção, que aproveitou para tirar dúvidas sobre floração, adubação e o sistema de gotejamento.

Durante a visita, Djeimi recolheu algumas folhas com suspeita de fungo e foi até a casa da produtora para analisá-las com um microscópio digital, equipamento que Marli possui. “Sempre indico que os produtores tenham esse tipo de aparelho, para que possam ser mais independentes no manejo da produção”, comenta a extensionista.

Na cozinha, o cheiro de pão recém-assado tomou conta do ambiente. Também com o chimarrão pronto, Marli ofereceu acompanhado de geleia feita com os próprios morangos. “Aprendi a fazer geleias em um curso da Emater/RS-Ascar. Experimentem com o pão que acabei de fazer”, disse, orgulhosa.

Ao ser perguntada sobre trabalho da Emater/RS-Ascar em sua propriedade, Marli respondeu que com a instituição aprendeu coisas que nunca imaginou ter contato, como cursos de culinária e eventos com o Clube de Mães. “A Emater é tudo. Para nós, mulheres, o trabalho nos clubes de mães é muito importante e, claro, a Djeimi que me ajuda com todas as dúvidas na produção de morangos”, diz.

Djeimi explica que, assim como Marli, produtores interessados em diversificar a propriedade e iniciar uma nova cultura, mas que não sabem por onde começar, devem procurar o escritório da Emater/RS-Ascar para receber orientações e acompanhamento.

Trocas de experiências

Djeimi resume o trabalho de extensionista como dinâmico e baseado na troca de experiências com os produtores. “Ao longo das visitas, além das orientações técnicas que damos para ajudar na produção, também aprendemos muito além da agricultura. É um trabalho social e humano, com muita conversa e escuta. Sou realizada com o que faço”, pontua.

Com a ligação próxima às famílias atendidas, as preocupações também se estendem para além do horário de expediente. “Quando deito na cama, penso: como devem estar as estufas das famílias com essa chuva ou esse vento? Essas e tantas outras são minhas preocupações também”, afirma.

Transformar vidas com o trabalho social

Desde que chegou a Venâncio Aires, há cinco anos, durante a pandemia, a extensionista rural social da Emater-RS/Ascar, Viviane Röhrs, de 41 anos, já tinha em mente o trabalho que seria realizado e o desafio de atender um município com extensa área rural. Com outras experiências anteriores, a bióloga com especialização em Educação Ambiental, natural de Segredo, contabiliza quase 15 anos de atuação na Emater/RS-Ascar.

Na Capital do Chimarrão, o foco do trabalho social está voltado aos grupos de mulheres rurais, aos 26 clubes de mães, às famílias em situação de vulnerabilidade social, à educação ambiental e aos encontros gastronômicos.

Viviane Röhrs é a caçula dos agricultores Ivo e Eronita e, desde a infância, mantinha relação com a empresa, já que os pais eram atendidos pela equipe na época. “Sou completamente realizada pelo trabalho que realizo no município. Meu propósito é transformar vidas, e é muito gratificante receber o retorno da comunidade e ver que o trabalho está dando certo”, afirma.

Registro de intercâmbio (Arquivo/FM)

Entre as ações realizadas, estão os intercâmbios entre clubes de mães, com o objetivo de promover integração e trocas de experiências entre as mulheres; cursos de artesanato e gastronomia; e viagens que proporcionam novos aprendizados. Também se destaca a organização do Encontro da Mulher Rural, com a escolha da Agricultora Destaque. Neste ano, o evento reuniu mais de 800 pessoas na Suib, em Centro Linha Brasil, com o intuito de promover autoestima e protagonismo feminino entre as participantes. O trabalho social também abrange o atendimento a dois grupos, Linha Cachoeira e Linha Paredão Pires, em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município.

“Fui aceita pela comunidade de Venâncio Aires. Sempre busco melhorar os eventos e trazer coisas novas para as mulheres rurais.”

VIVIANE RÖHRS

Crescendo com a natureza: a vida ao ar livre de Ragnar

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João Paulo e Angélica com o filho Ragnar, de 2 anos e 5 meses (Foto: Alan Faleiro/Folha do Mate)

Com apenas 2 anos e 5 meses, Ragnar Burghadt já vive experiências que muitas crianças da cidade sequer imaginam. Ele mora com os pais em uma propriedade rural de cerca de dois hectares em Linha Primavera, no distrito de Santo Antônio, interior de Mato Leitão – a aproximadamente 7 quilômetros do Centro da cidade. Ali, cercado por cavalos, galinhas, porcos e até um pônei, Ragnar cresce em contato direto com a natureza e os costumes do campo.

A mãe, Angélica Schwarzbold, de 29 anos, trabalha como faxineira. O pai, João Paulo Burghadt, de 34, é pensionista. Ambos cresceram em áreas rurais e fazem questão de proporcionar ao filho uma infância semelhante à que tiveram: simples, livre e conectada com o meio ambiente. Eles acreditam que, além de criar boas lembranças, esse contato desde cedo com a terra e os animais contribui para a formação de valores importantes.

“Eu procuro oferecer isso para ele porque as crianças de hoje em dia, a maioria, são criadas com telas, dentro de casa, e como a gente cresceu assim no ambiente, na rua, com animais, eu quero proporcionar essas memórias para ele também”, menciona Angélica.

Ragnar começou cedo: ainda bebê, os pais já passeavam com ele em uma carretinha puxada pelos animais da propriedade. Hoje, com mais autonomia, circula com desenvoltura montado em um pônei, como parte da rotina. A liberdade que o campo oferece vem sempre acompanhada da presença atenta dos pais, que o acompanham de perto em todas as atividades.

Tradição campeira marca a rotina da família

Ragnar acompanhando atividades da família (Foto: Arquivo pessoal)

A criação de Ragnar também é uma forma de manter viva a tradição. João Paulo participa de cavalgadas na região e, assim como Angélica, ainda usa o cavalo como meio de transporte em trajetos curtos pela comunidade. Para eles, não se trata apenas de um costume, mas de uma identidade cultural que desejam repassar ao filho.

Enquanto muitas crianças crescem cercadas por tecnologia, Ragnar se desenvolve em meio ao cheiro da terra, aos sons dos animais e ao ritmo tranquilo da vida no campo. Para os pais, essa convivência com a natureza é uma escolha consciente e a expectativa deles é de que o filho leve essas raízes consigo, não apenas como lembrança da infância, mas como parte da sua formação e identidade.

Família também busca repassar a tradição campeira ao filho (Foto: Arquivo pessoal)

Os 90 anos do Négo: uma história que ninguém nega

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Beatriz dos Santos, Cleny da Rosa, Rui Barbosa dos Santos, Sandra Helena da Rosa e Isabel Landim: histórias de ontem, de hoje e do futuro do Négo (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

Négo celebra nove décadas neste domingo, 29, e olha para o futuro com os planos de reestruturação da nova diretoria.

Uma das entidades mais tradicionais de Venâncio Aires completa 90 anos neste domingo, 29. A Associação Négo Futebol Clube chega a nove décadas de uma história carregada de simbolismo, de tradição e de muitos objetivos para o futuro. Ainda mais agora, em que uma nova diretoria será empossada e pretende fazer uma reestruturação física e de projetos na entidade.

Mas esse futuro que se pretende construir será trilhado, também, considerando tudo o que já passou. Afinal, é uma trajetória que não pode ser negada: uma história que começou pela insatisfação de um homem que não tolerou o racismo. Não que a década de 1930, onde essa história iniciou, fosse muito diferente dos tempos de hoje, em que a sociedade continua se dividindo pelas ideias, por questões culturais e étnicas. Mas na Venâncio de 90 anos atrás, onde a comunidade negra era proibida de frequentar clubes e festas tradicionais do município, João Generoso dos Santos (1884-1982) foi o homem que, ao dizer não para o racismo, disse sim para um espaço de respeito e representatividade.

Négo, com acento no E

João Generoso dos Santos, fundador do Négo (Foto: Arquivo pessoal)

Uma das indignações do antigo funcionário público foram os xingamentos gratuitos ao jovem Ataliba Rodrigues, então goleiro do Esporte Clube Guarani. Em qualquer derrota do time, a torcida jogava a culpa nele e o insultava com palavras racistas. “Eu me nego a ouvir isso! Me nego a aceitar esse racismo!”, exclamava João Generoso. Além disso, com o impeditivo de frequentar determinados lugares, decidiu que era o momento de criar um espaço para os negros.

Foi de tanto ouvir o amigo e futuro compadre dizer “eu me nego a aceitar esse racismo”, que Helena Emília de Brito Goulart (que seria primeira-dama de Venâncio, já que era casada com Salvador Stein Goulart, prefeito na década de 1960), sugeriu: “Por que não coloca o nome de Négo? E coloca com acento no E”. Assim, em 29 de junho de 1935, foi criada a Sociedade Négo Football Club São Sebastião Mártir. Assim mesmo, com termos em inglês e com o nome do santo, que foi incluído porque João Generoso era muito devoto do padroeiro de Venâncio.

Registro de 1935, quando foi feito o primeiro baile do Négo. Ao fundo, ficava a casa de João Generoso dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)
Leobaldo Rodrigues, o Tio Beco, uma das maiores referências do Négo (Foto: Arquivo pessoal)

Sede do Négo tem quase 50 anos

Inicialmente, o fundador do Négo manteve uma bailanta na própria casa e como o movimento foi crescendo, houve a necessidade de um novo espaço. Essa nova sede ficava na rua Emiliano de Macedo, no bairro Cidade Alta. Anos depois, houve a construção do atual prédio, na rua Engenheiro Henrique Vila Nova, ainda no Cidade Alta, concluído em 1976. Eram tempos do presidente Erno Heitor Leal (Tourinho) e a inauguração contou com a presença do então prefeito Rony Mylius.

A importância dos projetos culturais

Ao longo da história do Négo, já foram diversos eventos promovidos pela entidade, especialmente aqueles com foco na cultura. Beatriz dos Santos, 63 anos, é uma lajeadense que se mudou para Venâncio há mais de 30 anos e, desde então, ‘respira’ o Négo. Ele destaca a importância das várias atividades realizadas, muitas delas dedicadas às crianças. “Num Bate-Papo Pilhado, com a Folha do Mate, tivemos 350 estudantes aqui. Promovemos jantares afro e houve um dia que fizemos uma espécie de ‘mini Enart’, quando a Gabrielli da Silva Pio, 1º Prenda negra do Rio Grande do Sul, esteve no Négo”, lembra Beatriz. Essa ação teve o apoio do professor Jair Pereira.

Segundo Beatriz, uma das maiores características da sociedade sempre foi a parte cultural. Por isso, ela entende que essas ações precisam ser retomadas. “Precisamos aproveitar o Négo para eventos culturais, trazer projetos com escolas. Temos que sonhar alto para o futuro. E entendo que, quando uma ideia vai para o papel, ela tem que acontecer. Quando penso no Négo, penso em ancestralidade, respeito, sabedoria e representatividade. Palavras fortes, como é a sociedade.”

Beatriz também levou a filha para dentro do Négo: Riciele Fabíola Lopes, hoje com 33 anos, foi Mulata Café em 2008. Hoje, o marido de Riciele, Ederson Padilha, e as duas filhas, Kyara, 8 anos, e Kendra, de apenas quatro meses, já convivem na sociedade, para alegria da vó Beatriz.

Um dos concursos mais tradicionais do Négo, as escolhas do Mulata Café. O registro é de 2006 (Foto: Arquivo pessoal)

“O que sinto pelo Négo é tão grande que não sei explicar”

Cleny da Rosa, 77 anos, está no Négo, conforme as próprias palavras, “desde sempre”. Filha de Avelino Lopes, amigo de João Generoso, a aposentada lembra da disposição dos bancos no salão da bailanta que funcionava na casa do fundador. O marido dela, João Arli da Rosa (já falecido), foi vice-presidente do Négo quando a entidade era presidida por Leobaldo Rodrigues (Tio Beco), outra figura emblemática na história. Tio Beco foi um dos grandes incentivadores do Carnaval de Venâncio e da Acadêmicos do Samba Négo. Ele também criou o nome ‘Rua Grande’, para se referir à rua Osvaldo Aranha nos festejos carnavalescos.

Sobre o Carnaval, aliás, Cleny foi uma das costureiras oficiais por quase 60 anos. “Teve duas noites que dormi em cima dos panos”, lembra, entre risos. Os quatro filhos dela acabaram, também, crescendo dentro da entidade. Entre eles, Sandra Helena da Rosa, hoje com 57 anos. Sandra foi Mulata Café Regional em 1983. Também costureira, é, há muitos anos, porta-estandarte nos desfiles de Carnaval. Outra filha de Cleny, Roberta Aline da Rosa, hoje com 40 anos, foi eleita A Mais Bela Negra do Rio Grande do Sul em 2008.

Ao olhar para o passado e pensar no futuro, Cleny diz que seu maior orgulho é sentir que a entidade está viva e forte. “Toda vez que chego na frente da sede, que entro aqui, não sei dizer. O que sinto pelo Négo é tão grande que não sei explicar. Só sinto algo grandioso dentro do meu peito.”

Négo foi percursor na criação do Carnaval de rua de Venâncio. No registro, quando Fernanda Landim foi rainha, em 2006. Em 2010, ela foi princesa da Fenachim (Foto: Arquivo pessoal)

Encontro com a família

Rui Barbosa dos Santos, 44 anos, conta que o Négo é, para ele, toda a história da família, afinal, os bisavós maternos já tiveram envolvimento, nos tempos de João Generoso. “Depois disso, meu vô paterno, Avelino dos Santos, presidia um clube de negros em Santa Cruz, o Operário. Aí ele e o cunhado [Tio Beco] trocavam visita. Tinha esse intercâmbio com o Négo.” Além disso, o pai de Rui, Paulo Roberto dos Santos, conhecido como Barbosão, conheceu a esposa, Yara, num baile do Négo. “Eu também conheci minha esposa no Négo. A Daiane é de Porto Alegre e nos encontramos num baile. Por isso que sempre digo que o Négo é onde encontro toda minha família.” Do casamento com Daiane, nasceram os filhos Yuri e Isadora.

Rui também vestiu por muito tempo a camisa de futebol do Négo, quando a equipe mandava os jogos no campo do Cruzeiro. Músico, tocou diversos instrumentos na bateria da escola de samba. “Passei por todos os mestres: Dadá, Saulo, Felipe, Pablo e Diórgenes.”

“Nesses 90 anos, ainda estamos aqui”

No ano em que o Négo completa nove décadas, a responsabilidade de assumir a entidade nesse novo ciclo caberá a alguém que tem uma relação de sangue e de dedicação com a entidade. Isabel Landim, 70 anos, foi eleita presidente dia 15 de junho. Ela volta ao cargo depois de 15 anos. Antes disso, esteve na presidência entre 2005 e 2010 – foi, aliás, a primeira mulher a presidir o Négo.

Maria Elisete, Isabel e Jaqueline integram a nova diretoria da associação. A posse será hoje, durante o jantar-baile de aniversário (Foto: Divulgação/Négo)

Filha do fundador, João Generoso, Isabel entende que, para além dos laços familiares, a preocupação é com um resgate da história de todos que já passaram pela entidade. “Nesses 90 anos, ainda estamos aqui, com objetivo de fazer uma grande reestruturação física e de projetos, e conscientizar as pessoas para voltarem ao Négo. Trazer novamente as crianças e tantas ações lindas que já fizemos, além de outras ideias para promover a cultura.”

Uma das prioridades dela é concluir a quadra de esportes, que fica nos fundos da sede, iniciada na administração anterior da presidente eleita. O local tem apenas telhado e piso bruto, e o objetivo é fechar a estrutura e construir uma quadra para prática esportiva. “Além do esporte, o espaço será usado para os projetos que queremos fazer com as crianças. É meu principal objetivo.”

Mulheres

Isabel terá como vices mais duas mulheres: Jaqueline Gonçalves dos Santos, que já foi madrinha de bateria da Acadêmicos do Samba, diretora Social, diretora de Carnaval e carnavalesca da entidade, e Maria Elisete Ferreira, que muitos anos foi tesoureira da associação, integrou diferentes departamentos e desde o início do ano está como presidente interina da entidade. Maria Elisete também integra o Baobás, um grupo de amigas que tem, em comum, muitas histórias dentro da sociedade. As Baobás desenvolveram o projeto ‘Histórias de Resistência do Négo Foot Ball Club’, criando as galerias dos ex-presidentes e das Mulatas Café.

Carnaval 2026

Um dos objetivos da nova diretoria também é a retomada do Négo nos desfiles de Carnaval, já que a escola de samba não desceu a ‘Rua Grande’ em 2025. Conforme Isabel, nesse intuito do resgate histórico, ela revela que também há intenção, se assim for possível, de incluir novamente o nome São Sebastião Mártir e que volte a ser ‘sociedade’.

Uma das prioridades de Isabel Landim é concluir a quadra de esportes da entidade (Foto: Débora Kist/Folha do Mate)

Jantar-baile

Para marcar as nove décadas, ocorre hoje um jantar-baile, a partir das 20h30min. Na programação da noite estão previstos janta, posse da nova diretoria, celebração dos 90 anos e a música ficará a cargo do Pagode do Dorinho e Grupo Misturaí. Não há mais cartões disponíveis para o jantar, mas ainda é possível participar do baile. Nesse caso, os ingressos antecipados custam R$ 25. Eles podem ser adquiridos com alguns integrantes da diretoria e nos seguintes pontos de venda, até as 11h: Loja Am Store, Barbearia do DJ, JS Celulares, Salão da Nega e Banca Bira. Na hora, o ingresso custará R$ 30.

No estado são mais de 80 clubes sociais de negros em atividade e o Négo integra, junto com outras sete entidades, o Coletivo dos Clubes Sociais Negros do Rio Grande do Sul.

80 – é o número atual de associados ativos do Négo.

Equipe da Associação Vôlei Venâncio estreia no Gaúcho Adulto Feminino

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Depois de décadas, Venâncio Aires volta a ter representatividade no Estadual Adulto. (Foto: Arquivo pessoal)

O saque de abertura do Campeonato Gaúcho Adulto Feminino de Vôlei será dado neste sábado, 28, com a disputa de dois jogos. Ginástica de Novo Hamburgo e Juventus, de Teutônia, jogam a partir das 16h, em Novo Hamburgo. A partir das 18h, na Universidade de Passo Fundo, a equipe local enfrenta a estreante Associação Vôlei Venâncio (AVV). Mais outras duas equipes disputam o Estadual de 2025: UFSM (Santa Maria) e Associação Erechinense de Voleibol (Erechim).

Depois do vice-campeonato da Copa Cláudio Braga no primeiro semestre quando perdeu por três sets dois para o clube de Passo Fundo, a AVV irá estrear contra esse mesmo adversário que é o atual campeão estadual. “Será um jogo bastante difícil. O time adversário é o atual tetracampeão estadual. Acredito no potencial da nossa equipe e podemos sim voltar de lá com um bom resultado. Já enfrentamos elas em outras oportunidades e mesmo sabendo das dificuldades, temos condições de fazer um enfrentamento de igual para igual”, destaca o confiante técnico Alan Maciel Schuster.
O primeiro e único jogo da AVV como mandante na primeira fase será no dia 19 de julho, no Centro de Eventos Coopeva, a partir das 18h, contra a Ginástica de Novo Hamburgo.

A equipe da AVV para a estreia
Comissão técnica: Alan Maciel Schuster e Rafael Fengler

As atletas:

Vanessa Weber

Manuela Feldens

Ana Carolina Trasel

Ana Patrícia Lenhardt

Joana Weber

Jessica Malmeto

Jaine Lenz

Ana Carolina Haeser
Eduarda Eckert

Amanda Hickmann

Neicieli da Silva

Ranieli Schweigardt

Luana Weschenfelder

TRABALHO NA BASE E ELEIÇÕES

O projeto de escolinha masculino e feminino da AVV e que tem apoio do Programa Municipal de Incentivo ao Esporte Amador (Promiea), conta atualmente com mais de 50 alunos.

Na próxima quinta-feira, 3 de julho, a AVV terá a Assembleia de eleição e posse da sua equipe diretiva. A reunião, a partir das 20h30min, será realizada na Duo Fit, localizada da Jacob Becker, nº 658, sala térreo.

Legislativo de Venâncio ensaia maioria para aprovar segunda sessão semanal

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Atualmente, Câmara de Venâncio Aires se reúne uma vez por semana (Foto; Willian Oliveira/Divulgação)

O histórico da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires deixa claro que, em momentos de votação de projetos, geralmente há dois cenários bem definidos: a unanimidade ou situação de um lado e oposição de outro. Proposições sem grandes reflexos para a comunidade e as homenagens, por exemplo, costumam contar com os votos de todos os parlamentares. Por outro lado, quando se trata de ‘matérias políticas’, digamos assim, o placar da Câmara tem sido, normalmente, de 9 a 5, número de governistas e oposicionistas, respectivamente, sem considerar o presidente da Mesa Diretora, que pelo Regimento Interno, só vota em caso de necessidade de desempate.

No entanto, uma proposta que começa a ser trabalhada pelo presidente da Mesa Diretora da Casa do Povo, Dudu Luft (PDT), está mexendo, e muito, com as configurações que estamos acostumados a registrar. O comandante do Poder Legislativo está formando uma comissão para discutir mudanças no Regimento Interno e, uma delas, já divide opiniões: a realização de uma segunda sessão ordinária semanal. Entre as justificativas para a iniciativa estão as participações da comunidade no período da Tribuna Livre – que têm demandado bastante tempo nas reuniões – e a garantia do período das Comunicações, quando os parlamentares fazem as suas manifestações.

Primeira apuração

O debate ainda está em uma fase embrionária, pode-se dizer, mas, em consulta feita pela redação integrada da Folha do Mate e Terra FM aos vereadores, há só uma indecisão. Os demais 14 políticos com assento no Plenário Vicente Schuck já têm seus posicionamentos. E, talvez para surpresa de muitos, oposição e situação não estão, necessariamente, em lados opostos. O placar, nesta primeira apuração, aponta seis votos favoráveis à segunda sessão; cinco pela manutenção de um encontro semanal; e três em apoio a uma reunião por semana, com uma hora a mais de duração, além da indefinição já mencionada. Confira, a seguir, o que pensa cada vereador.

Posicionamentos

Alberto Sausen (Podemos): “Sou a favor de deixar uma sessão apenas, com duração de uma hora a mais”.

Dudu Luft (PDT): “Estamos formando uma comissão para debater algumas questões do Regimento Interno. A Mesa Diretora já sinalizou que gosta da ideia de duas sessões. Eu, em particular, acho que pela quantidade de matérias legislativas que temos para votação, pelos projetos de lei importantes e que merecem ser debatidos com cautela, precisamos ter duas sessões na semana. O município cresceu muito, as demandas também, e precisamos dar espaço para a comunidade na tribuna, o que muitas vezes acaba não sendo possível pela quantidade de projetos. Também temos que ver questões de impacto orçamentário em relação às transmissões no rádio e Facebook”.

Everton Dias (PDT): “Na minha opinião, é extremamente importante fazer a segunda sessão, porque dá mais tempo para as moções e para a comunidade falar na tribuna. Por outro lado, é igualmente importante a comunidade ouvir o que o vereador tem a falar. Então, com duas sessões, contemplaríamos tudo”.

• Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos): “Acho ótimo implementarmos a segunda sessão na semana. Sou vereadora em tempo integral, comprometida com a população de Venâncio Aires. Penso também que, como é a Casa do Povo e as pessoas usam a tribuna, muitas vezes o vereador fica prejudicado e não consegue fazer o período das Comunicações. Então, com duas reuniões por semana, acredito que o vereador só tem a ganhar”.

Nilson Lehmen (MDB): “Sou favorável a esta nova configuração, com duas sessões. Tudo que possibilitar mais acesso da população à Casa e mais respostas da Câmara para a sociedade deve ser visto com bons olhos”.

Gerson Ruppenthal (PDT): “Uma por semana”.

Alessandra Ludwig (PDT): “Ainda não analisei com calma. Então, neste momento, ainda não tenho uma opinião concreta, mas temos que chegar em um consenso de que a Casa do Povo tenha espaço para a comunidade e para os vereadores”.

Ezequiel Stahl (PL): “Sou favorável a iniciar às 18h, aumentando uma hora por segunda. Duas sessões para dar homenagem e moção para tudo é besteira, vai só aumentar gastos com transmissão e outras coisas. Basta ser mais objetivo, já que hoje não dá tempo de falar porque só ficam enrolando para tirar o tempo da oposição. Além disso, de um modo geral, a comunidade não vai na Câmara, só se tem algum interesse. Então faremos sessões ainda mais vazias”.

Sandra Silberschlag (PP): “Sou contra. Uma sessão uma vez por semana, com uma boa organização. é o suficiente. Como vereadora, tenho plena convicção de que podemos qualificar ainda mais os trabalhos da Câmara aprimorando a gestão do tempo e fortalecendo o uso das segundas-feiras para o debate técnico e político. É preciso valorizar o espaço das comissões e garantir que a análise das proposições seja aprofundada, sem atropelo ou sobreposição de agendas. Defendo, portanto, que o foco deve ser na qualidade do trabalho legislativo, e não apenas em sua quantidade. Realizar duas sessões por semana sem revisar os fluxos internos, sem ampliar a participação da comunidade e sem redefinir prioridades pode gerar mais desgaste do que resultados concretos. Estou sempre disposta ao diálogo e aberta a alternativas que de fato melhorem o desempenho da Câmara, mas com responsabilidade, coerência e escuta ativa das realidades que envolvem todos os vereadores desta Casa”.

Jeferson Schwingel, o GP (PP): “Apenas foi formado um grupo de trabalho para avaliação e possíveis alterações no Regimento Interno. Como este grupo de trabalho é recém-criado, acho prematuro tomar uma decisão. Mas, a princípio, sou contra”.

Diego Wolschick (PP): “Sou contra”.

• Gilberto dos Santos (MDB): “Vamos começar às 18h, por enquanto. Até as 22h acho que será suficiente para ter tribuna”.

Nelsoir Battisti (PSD): “Somos um município de grande importância econômica e em pleno desenvolvimento. Temos um volume de matérias suficiente para termos duas sessões semanais”.

Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB): “Sempre favorável, mas pode ter certeza que é mais uma hipocrisia, pois quem propôs no fundo não quer mais trabalho, quer apenas mídia”.

Luciana Scheibler (PDT): “Na minha opinião, não tem necessidade de fazer duas sessões na semana. Até porque temos a reunião das 18h e já resolvermos muita coisa ali mesmo”.

Placar

Duas sessões na semana

• Dudu Luft (PDT)

• Everton Dias (PDT)

• Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos)

• Nilson Lehmen (MDB)

• Nelsoir Battisti (PSD)

• Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB)

Uma sessão com mais uma hora

• Alberto Sausen (Podemos)

• Ezequiel Stahl (PL)

• Gilberto dos Santos (MDB)

Uma sessão na semana

• Gerson Ruppenthal (PDT)

• Sandra Silberschlag (PP)

• Jeferson Schwingel, o GP (PP)

• Diego Wolschick (PP)

• Luciana Scheibler (PDT)

Ainda não se decidiu

• Alessandra Ludwig (PDT)

A partir da próxima sessão, a ser realizada na segunda-feira, dia 30 de junho, os trabalhos serão iniciados às 18h, uma hora antes do que o habitual.

Importante

• Para a matéria, a reportagem ouviu Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), e não Robson Nunes, o Robinho (PSB), porque o titular da cadeira retorna ao Legislativo na terça-feira, 1º de julho. Ou seja, é o voto dele que vai valer em eventuais decisões, e não o do suplente, que deixa a Casa do Povo depois da última sessão ordinária deste mês, após a experiência de 30 dias.

A melhor decisão

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Na manhã de ontem, os organizadores da Copa Serrana decidiram adiar os jogos das finais. Enquanto escrevo, a previsão do tempo ainda indica muita chuva para o fim de semana. Adiar a decisão para hoje significaria apenas empurrar o inevitável. Como já comentei na semana passada, acredito que finais de campeonato devem acontecer com tempo firme, campo seco e presença de torcedores nas arquibancadas. Isso garante mais vendas de ingressos, lanches e bebidas, beneficiando todos os envolvidos. Mesmo com a sensação de que a Copa Serrana se arrasta e nunca termina, o adiamento foi uma escolha acertada.

Futsal pulsante


Venâncio Aires mantém sua força no futsal. As competições amadoras continuam movimentadas, com muitas equipes e um alto nível de competitividade. Na noite de ontem, a Copa Monte de Futsal chegou ao fim com grandes jogos e uma cobertura em vídeo espetacular pelo Terra Play. Quem não conseguiu acompanhar ao vivo ainda pode assistir quando tiver oportunidade. Agora, a J30 Eventos já prepara a Taça Coopeva de Futsal. Enquanto isso, as categorias de base seguem firmes. Ontem, o CFA enfrentou a Alaf pela Liga Gaúcha nas categorias sub-11 e sub-15. Amanhã, as duas equipes voltam à quadra contra o Teutônia Futsal, sob o comando do técnico Boni. No sub-20, o Selo R17 representa Venâncio na Liga Gaúcha da categoria. A equipe joga amanhã em Garibaldi. Importante destacar: os jogos do CFA e do Selo R17, realizados em Venâncio Aires, têm entrada gratuita. Vale a nossa torcida!

As gurias do vôlei


A Associação Vôlei Venâncio estreia hoje em mais uma competição. O time adulto feminino enfrenta o Passo Fundo, fora de casa, pelo Campeonato Gaúcho de Vôlei. As gurias de Venâncio Aires encaram logo de cara o adversário mais forte da competição: o atual campeão estadual. A estreia em casa já tem data marcada — será no dia 19 de julho, contra a Sociedade Ginástica, de Novo Hamburgo. A partida acontece no Ginásio da Coopeva.

Mundial de Clubes


As oitavas de final do Mundial de Clubes da FIFA começam hoje. Os quatro clubes brasileiros avançaram para o mata-mata, e pelo menos um deles já está garantido nas quartas de final, já que Palmeiras e Botafogo se enfrentam nesta fase. Entre os brasileiros, o Flamengo tem o caminho mais complicado: enfrenta o Bayern de Munique e, se avançar, pode encarar o PSG e o Real Madrid na sequência. Já o Fluminense vai medir forças com a Inter de Milão.

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