Completamos três semanas de isolamento onde o Brasil chegou a ter 70% das pessoas em casa, conforme estimativa divulgada pelo ministro da Saúde, Luiz Mandetta. Isso permitiu a rede de saúde se organizar, evitou a disparada do contágio do coronavírus, mas castigou a economia do pais com empresas fechadas.
Nesta semana deve começar uma segunda fase, com revisão de algumas medidas restritivas às empresas, mas vai seguir a máxima ‘fique em casa, quem puder’. O Ministro Mandetta (DEM) que teve alguns ‘choques’ com o presidente Bolsonaro, sem partido, divergindo sobre cuidar da saúde e da economia, admite que nesta semana deve iniciar um processo de reabertura de empresas e que para isso vai ser levado em conta a situação de estados e cidades. É o mesmo discurso do governador Eduardo Leite (PSDB), de começar a flexibilizar medidas, que já foram adotadas aqui pelo prefeito Giovane Wickert (PSB) na semana que passou. A expectativa é por novas posições entre hoje e amanhã.
Abrir o comércio, com limitação de clientes dentro das lojas, e o uso de medidas protetivas, como o álcool em gel ou sabão para desinfetar as mãos, evitar de colocar as mãos no rosto, pois o vírus só entra pelas mucosas da boca, nariz e olhos, manter o distanciamento de 2 metros e o uso de máscaras parece ser a fórmula para enfrentar a situação, mantendo em casa as pessoas de risco e todos que puderem ficar.
Esse meio termo, entre a radicalização das autoridades de saúde, de isolar tudo, e do presidente em se preocupar em não quebrar as empresas, é o caminho para seguirmos em frente. Penso que não adianta se esconder, temos que enfrentar a situação com todas as armas protetivas possíveis, mesmo que ontem a noite tenha sido confirmado o primeiro caso em Venâncio, de um homem de 67 anos, com histórico de doenças neurológicas e que não viajou recentemente.
Notinhas
* Vereador Tiago Quintana, que é advogado, está se dispondo a ajudar cadastrar pessoas que não tenham acesso a internet, ou não sabem usar o APP, para receber o auxílio emergencial do governo dos R$ 600. Tiago usou o Facebook para se colocar a disposição. “Se vocês conhecerem pessoas que precisem de ajuda podem me chamar no whatsapp 99874-4497, que vou até a casa delas”, escreveu Tiago. Uma boa ação.
* Imprensa mundial espantada que a Coreia do Norte não tem casos de coronavírus. É óbvio que não pode ter. No regime comunista fechado de lá ninguém sai e ninguém entra no país faz décadas.
* Ex-presidente Lula fez uma live com os petistas Paulo Pimenta, Wellington Dias e Alexandre Padilha para implodir o governo Bolsonaro. Lula defendeu que o povo não pode esperar até 2022 para tirar Bolsonaro do poder. E a grande imprensa faz eco.
* Ontem David Coimbra, em seu artigo em ZH, defendeu o fim do governo Bolsonaro.
* Os presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM/AP), da Câmara Rodrigo Maia (DEM/RJ), mais o presidente do STF, Dias Toffoli, estão alinhados com o movimento.
* A minha leitura é que esse ensaio de impeachment é de cima para baixo e não de baixo para cima como foi o de Dilma, quando o clamor popular era pelo fim da roubalheira de quatro governos petistas. Vão errar o pulo.
Do Twitter
* Veja: Em reunião reservada, Alcolumbre diz que o governo Bolsonaro ‘acabou’.
* Estadão: Se algo inspira algum otimismo, é a certeza de que as instituições como o Supremo e Congresso são capazes de proteger o País das investidas irresponsáveis do presidente.
* Exame: Vendas no varejo podem diminuir até R$ 138 bilhões em 2020.
* Gazeta do Povo: Grupo de cientistas publicou duas cartas em um intervalo de poucos dias para defender o uso da cloroquina.
* UOL: China muda orientação e sinaliza fim do consumo de carne de cachorro.
* Guilherme Fiuza: Aos que insistem em chamar de assassino toda criatura que questione o confinamento burro: as mortes por asfixia social também serão contadas. Só que os números serão bem mais obscenos do que esses q vocês estão aí jogando na cara dos outros. E serão devidamente apontados para vocês, os empáticos.
