Esgotamento sanitário avança

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Os trabalhos das redes coletoras do sistema de esgotamento sanitário de Venâncio Aires chegam a 41% do total previsto de obras. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) administra três contratos com empresas terceirizadas – Encosan, Arcol e Compasan – que, somados, se aproximam dos R$ 20 milhões em investimentos. De acordo com o engenheiro civil Odinei Portella, responsável pelo Departamento de Obras da Região Central da Corsan, não fosse a pandemia do novo coronavírus, as obras estariam mais adiantadas. Em razão da Covid-19, o prazo de conclusão das redes – previsto inicialmente para maio de 2021 – deve ser estendido, mas não muito.

Os moradores da Capital Nacional do Chimarrão, em especial os que residem nos bairros por onde as equipes já passaram, relatam transtornos decorrentes das obras, principalmente calçamentos mal acabados. A Corsan, no entanto, vem ‘atacando’ estes problemas e informando que as adversidades seriam inevitáveis, pois para a implementação do sistema, é necessário mexer na pavimentação da via que está recebendo tubulações. A Corsan chegou a ser proibida pelo prefeito Giovane Wickert de ‘abrir’ novas ruas, justamente pelo volume de reclamações e, depois disso, parece que o serviço melhorou.

Com o avanço dos trabalhos, a expectativa fica por conta do início da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no bairro Morsch. Inaugurada em agosto de 2017 – inclusive com a presença do então governador do Estado, José Ivo Sartori -. até hoje a ETE foi acionada apenas para testes. O começo do funcionamento foi anunciado por várias vezes, mas o ‘start’ sempre foi adiado por um ou outro motivo. O sistema, quando estiver completo e operando em sua capacidade máxima, garantirá Venâncio Aires entre os municípios com elevado índice de esgoto tratado. E todos sabemos o que isso significa: menos doenças e mazelas, mais saúde e qualidade de vida.

Podemos dizer que estamos à frente de muitas cidades no que se refere ao esgotamento sanitário. Embora isso gere também custos à população – que precisa desembolsar valores para a ligação das residências à rede coletora e pagará mais caro pelo tratamento dos efluentes -, as vantagens são muito maiores. Sem contar o ‘bem’ que estamos fazendo para o Castelhano, pois o processo prevê ações de preservação do manancial arroio. O engenheiro civil Odinei Portella destaca, por exemplo, que é fundamental tratar o esgoto para conservar os ambientes naturais, pois o despejo incorreto nos mananciais hídricos provoca poluição e mortandade de peixes, bem como poluição do solo, de águas subterrâneas e superficiais.

É importante ressaltar, ainda, que na quarta-feira, 15, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o novo Marco Legal do Saneamento Básico. O objetivo da legislação é qualificar a prestação dos serviços no setor e a meta do Governo Federal é a universalização até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento de esgoto. Tudo isso vai melhorar a qualidade de vida das pessoas, elevar a autoestima da comunidade, valorizar imóveis e trazer benefícios para a saúde pública e para o meio ambiente.

    

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