Trecho da RSC-287, em Venâncio Aires, está ficando intransitável

-

O 2021 começou e com ele, heranças de anos anteriores nas estradas e rodovias da região. Na RSC-287, trecho entre o pedágio de Vila Arlindo e Vila Mariante, há pontos perigosos, quase intransitáveis. Há locais onde o asfalto parece estar derretendo, formando buracos e elevações no centro e nas laterais da rodovia. O acostamento também está muito ruim, em quase todo o trecho.

Denúncias falando das más condições da rodovia foram encaminhadas e a reportagem da Folha do Mate foi conferir ‘in loco’. O que se viu foram locais onde o asfalto, literalmente, está esfarelando e parece amolecer. São muitas elevações, ‘valetas’ e brita espalhada nas margens e fora da pista. O desgaste da rodovia e os remendos tomam conta dos pouco mais de 30 quilômetros do trecho.

trecho da RSC-287
Há locais onde o asfalto parece estar ‘amolecendo’ (Foto: Alvaro Pegoraro)

No sentido pedágio/Vila Mariante, as piores condições são entre Linha Ponte Queimada e Vila Estância Nova. Há locais onde a marcação lateral da via ficou sinuosa, em um processo difícil de explicar. É como se o asfalto tivesse amolecido e com a passagem dos veículos, fosse se formando um novo traçado em forma de ‘S’. São trincas transversais, longitudinais e em malha (tipo ‘couro de jacaré) e ondulações com os mais variados tamanhos. Neste trecho também há locais onde o eixo da pista se elevou.

Estudos do Conselho Nacional de Transportes (CNT) dizem que “a qualidade do pavimento das rodovias tem impacto direto no desempenho do transporte rodoviário e na economia do Brasil. Uma rodovia com más condições de pavimento aumenta o custo operacional do transporte, reduz o conforto e a segurança dos passageiros e das cargas, além de causar prejuízos ambientais”.

danos na RSC-287
Elevações na lateral da via são um perigo (Foto: Alvaro Pegoraro)

Responsabilidade

E de quem é a responsabilidade pelo conserto da via? Oficialmente, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) é responsável pela manutenção dos trechos concessionados até que a nova empresa, vencedora do leilão de concessão, assuma. O grupo espanhol do Consórcio Via Central está em uma transição operacional com a EGR e deve assumir os 204,5 quilômetros da RSC-287, entre Tabaí e Santa Maria, entre os meses de maio e junho.

De acordo com o diretor do Departamento de Concessões do governo do Estado, Rafael da Cunha Ramos, as tratativas são para que a EGR mantenha a cobrança nas duas praças de pedágio existentes, no km 86, em Vila Arlindo e no km 131, em Candelária, até que toda a documentação esteja pronta e o novo grupo assuma. “E até lá, a responsabilidade de manutenção é dela (EGR)”, explicou.

Até lá, a cobrança nas praças de pedágio segue sendo R$ 7. Com o grupo espanhol no comando, o valor da tarifa será de R$ 3,36. O contrato de 30 anos, que prevê a duplicação de todos os 204,5 km da rodovia, também permite a construção de mais três praças de pedágio no trecho.

R$ 13 milhões – é o valor arrecado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) na praça de pedágio de Venâncio Aires, entre os meses de janeiro e outubro de 2020. De acordo as as informações prestadas pela EGR, R$ 2.239.256,24 foram usados para pagar impostos e tributos, R$ 9.104.951,57, para gastos na rodovia e operação; e R$ 1.892.923,35 para demais desenbolsos, totalizando R$ 13.237.131,16



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido