Texto atualizado às 19h50min para acréscimo de informações
Pela primeira vez desde que o modelo de Distanciamento Controlado começou a ser adotado no Rio Grande do Sul, Venâncio Aires e os demais municípios da região de Santa Cruz do Sul foram classificados com bandeira preta, que significa risco altíssimo para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de disseminação do vírus. A atualização foi divulgada pelo governador Eduardo Leite no início da noite desta sexta-feira, 19, por meio de transmissão ao vivo no Facebook.
A região de Lajeado também recebeu essa classificação. Durante o pronunciamento, Leite ainda anunciou que neste sábado, 20, será publicado um decreto para a suspensão geral das atividades entre as 22h e as 5h. A medida passará a valer amanhã e segue até o dia 1ºde março. Leite explicou que não será toque de recolher.
Além disso, na segunda-feira, 22, o governador estará reunido com representantes da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para avaliar uma eventual suspensão dos planos de cogestão. “Há um agravamento claro e nítido da situação do coronavírus”, ressaltou o governador.
Mesmo essa sendo uma classificação preliminar, Eduardo Leite recomentou que as Prefeituras de municípios classificados em bandeira preta não retornem com as aulas presenciais na segunda-feira, 22.
Alerta máximo no estado
Com a piora dos indicadores de internações e propagação de coronavírus, o mapa preliminar da 42ª rodada do Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta apresentou recorde de bandeiras pretas. Onze das 21 regiões foram previamente classificadas com o nível mais alto previsto no sistema de enfrentamento à pandemia, o que representa 68,4% da população gaúcha – mais de dois terços.
Até então, o RS só havia tido duas rodadas com bandeira preta: na 32ª semana (de 15 a 21 de dezembro), com duas regiões, e a última, na 35ª rodada (de 5 a 11 de janeiro), com uma bandeira preta. Além de Santa Cruz e Lajeado, as regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Porto Alegre e Taquara estão em bandeira preta. As outras 10 regiões foram classificadas em bandeira vermelha, que indica alto risco epidemiológico.
Recursos e cogestão
As associações regionais que desejarem enviar pedido de reconsideração ao mapa preliminar terão ainda o prazo de 36 horas para encaminhar a solicitação ao governo, mas contando a partir da divulgação total dos dados considerados no mapa preliminar, o que deve ocorrer ainda na noite desta sexta, 19. O horário final será divulgado quando as informações forem publicadas, juntamente com o link do formulário.
Encerrado o prazo no domingo, 21, será publicada informação no portal de notícias do governo do Estado com o número de recursos recebidos. Os pedidos serão analisados pelo Gabinete de Crise, e o mapa definitivo, divulgado também no portal de notícias às 16h30 de segunda-feira, 22. A vigência das novas bandeiras será de 23 de fevereiro a 1º de março.
Caso a classificação prévia seja mantida, as regiões em bandeira preta que aderiram ao sistema de cogestão regional podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira vermelha, desde que tenham previstos nos seus planos. O mesmo vale para as regiões em vermelho em cogestão, que podem adotar até o nível de laranja.
Das 21 regiões Covid, 19 aderiram ao sistema compartilhado. As duas únicas regiões que não fazem parte da cogestão e, portanto, devem seguir os protocolos determinados pelo Estado são Guaíba e Santa Maria.
*Com informações do Governo do Estado
Saiba o que muda nas regiões com bandeira preta no Distanciamento Controlado