Paralelo à situação de colapso que está sendo vivida no sistema de saúde de todo o estado e em Venâncio Aires, município de referência para Mato Leitão no atendimento hospitalar, a Cidade das Orquídeas também vive o pior momento da pandemia de Covid-19. Conforme levantamento realizado pela Folha de Mato Leitão a partir dos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, as cinco últimas semanas registraram recorde de casos confirmados da doença.
O pico nesse período foi entre os dias 21 e 27 de fevereiro, quando o município teve 58 novas confirmações. Antes disso, o maior número de diagnósticos semanais da doença tinha acontecido entre 3 e 9 de janeiro, quando houve 23 casos positivos. Nesta semana, que iniciou no domingo, 28, e encerra no sábado, 3, o município já tem a confirmação de 41 casos da doença.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde nesta quinta-feira, 1º de abril, a Cidade das Orquídeas tem 37 casos ativos da doença. O número de pacientes positivados desde o início da pandemia subiu para 573, dos quais 532 estão curados. Além disso, conforme a pasta, quatro moradores de Mato Leitão estão internados no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), sendo um na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e três no Setor Covid. Até esta quinta, 34 pessoas aguardavam o resultado do PCR.
Óbitos
Outro ponto que chama muita atenção e tem deixado a comunidade em alerta é o número de mortes confirmadas no município em decorrência da doença. Nos últimos quatro dias, Mato Leitão teve três óbitos confirmados: um no sábado, 27, um no domingo, 28, e outro na terça-feira, 30. A primeira morte da Cidade das Orquídeas aconteceu em 21 de fevereiro. Depois disso, um segundo óbito foi confirmado no dia 9 de março.
Em relação à situação da pandemia de coronavírus no município, o prefeito Carlos Bohn menciona as ações realizadas pela Prefeitura no sentindo de colaborar com a diminuição de deslocamento de pacientes para a UPA e o HSSM, principalmente por causa do cenário de superlotação desses estabelecimentos de saúde. “Montamos uma estrutura para atender exclusivamente pacientes com sintomas nos últimos quatro fins de semana. Isso foi muito positivo e atendemos muitas pessoas, mas começamos a perceber uma queda na procura”, observa.
O chefe do Executivo ainda destaca que, em especial, por causa da Páscoa, é muito importante que as pessoas mantenham os cuidados, como uso de máscara, higienização frequente das mãos com álcool gel ou água e sabão e o distanciamento social, evitando aglomerações. “Pedimos que as pessoas evitem fazer visitas neste momento”, reforça. Segundo Bohn, neste fim de semana não haverá plantão de atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) Central por causa da Páscoa, celebrada no domingo, 4.
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