Produtores de Linha Isabel antecipam transplante do tabaco

-

Venâncio Aires é um município que tem destaque na área rural pela grandiosidade e inúmeras localidades existentes. Em cada região há uma particularidade, um clima diferente e, por isso, cada família agricultora adapta as culturas, uma delas o tabaco, de acordo com as condições climáticas, testes e experiências realizadas.

Enquanto que na maioria das propriedades rurais os fumicultores ainda estão nos primeiros cuidados com os canteiros das mudas, em Linha Isabel, a família Gullich já transplantou 33 mil pés na lavoura. “Começamos no dia 12 de maio e, até o dia 16, plantamos os primeiros 33 mil pés nas terras onde o frio é menos intenso e o vento não pega tanto”, explica o produtor Erni Gullich, 53 anos.

Nos altos de Linha Isabel, na lavoura onde se vislumbra até a área central da Capital Nacional do Chimarrão, na terça-feira, 25, Gullich, o filho Ernei, 20, e a esposa Clecia, 53, aproveitaram o dia de sol, após uma madrugada gelada, para salitrar o tabaco. “É importante para o desenvolvimento do fumo”, enaltece o jovem produtor de tabaco.

A família irá plantar cerca de 95 mil pés nesta safra e, o restante – os 62 mil pés – serão transplantados para a lavoura em 30 dias. “A gente ia plantar mais tarde, mas falta um repique e as mudas já estão no ponto. Não vai dar para esperar mais que 30 dias”, frisa Gullich. Além disso, o recomendado é não plantar tudo de vez. “Vamos intercalando, plantando aos poucos”, comenta.

Para auxiliar no desenvolvimento do tabaco transplantado, família Gullich fez a salitragem na terça-feira (Foto: Roni Müller/Folha do Mate)

LEIA MAIS: Rotatividade que gera bons rendimentos; conheça o programa Milho, Feijão e Pastagens

Semeio do tabaco

As mudas da família Gullich foram semeadas no dia 10 de março, quando foram notícia na Folha do Mate. Na época, Ernei ressaltou que essa era a terceira safra que estavam antecipando. “A cada ano a gente percebe que vale a pena arriscar e perder um pouco no frio do que colher no forte do verão.” No ano passado, a família semeou o tabaco em meados de abril e fez o transplante em 10 de junho.

Esse ano, o processo foi antecipado em um mês. “A gente só se preocupa com o frio, vento forte, mas mesmo assim decidimos arriscar, vale a pena tentar. Se der errado, temos mudas de sobra e é só plantar de novo. Mas tem tudo para dar certo”, enaltece o produtor.

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) foi contatada pela reportagem e informou que já verifica uma antecipação no plantio do tabaco em toda a região próxima de Santa Cruz do Sul, o que inclui Venâncio Aires, e até em outras áreas do estado. “Plantar um pouco mais cedo pode fazer com que a planta esteja desenvolvida mais cedo, escapando do calor e da falta de chuvas. Um risco que se pode ter é com as geadas. Porém, os produtores entendem que é preferível correr o risco de semear mais cedo e sofrer com o frio e a geada, do que perder em qualidade e volume por causa do calor e da estiagem”, ressaltou o presidente da entidade, Benício Werner.

notícias rural Folha do Mate

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido