Um hábito para cultivar e repassar às novas gerações

Um dos maiores patrimônios de Venâncio Aires é a Escola do Chimarrão, que por onde passa ensina sobre o preparo da bebida típica dos gaúchos, tira dúvidas e destaca as propriedades medicinais da erva-mate.
Quem visita a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), que retoma a programação nesta quarta-feira, 11, e segue até domingo, 15, tem a oportunidade de preparar o mate amargo junto à escola, que disponibiliza água quente e erva-mate à vontade para os visitantes. Foi ali, no Chimarródromo, que conheci a pequena Ana Clara Ludwig Peixoto, de 5 anos. Ela visitou a festa no domingo, 8, com os pais, Cameron Peixoto e Maria Júlia Ludwig, que são de Venâncio Aires, mas atualmente moram em São Jerônimo. A pequena chegou na escola com uma cuia miniatura (mini, mesmo!) para preparar o seu chimarrão. O habilidoso Moisés Brusamarello, que integra a equipe da Escola do Chimarrão, atendeu o pedido da Ana Clara e preparou o mini-chimarrão para ela experimentar.
Foi uma cena especial em meio a milhares de preparos que a escola faz com tanto carinho para o público. Importante esse momento de troca, entre famílias e a equipe da escola. São experiências como essa que enaltecem esse hábito gaúcho e que transmitem, às novas gerações, a importância deste símbolo de hospitalidade e amizade.

Foto: Letícia Wacholz

Visitantes de diferentes municípios
Os quatro primeiros dias da 16ª Fenachim foram de sucesso total. A estimativa da organização é de um público de cerca de 50 mil pessoas. No Espaço Mateando, onde Folha e Terra FM recebem os visitantes, acolhemos pessoas de muitos municípios vizinhos, como Mato Leitão, Santa Cruz do Sul, Vale Verde, Lajeado, Estrela, Vera Cruz, entre outros.
Ontem, durante entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Terra FM, o diretor-executivo da Escola do Chimarrão, Pedro Schwengber, disse que até ‘reforço’ de erva-mate foi solicitado às ervateiras, para atender a grande demanda de visitantes. “O evento já começou a surpreender no primeiro dia, na quinta-feira. Temos o registro, no livro de visitas, de moradores de mais 50 municípios até agora”, destacou.

Concursos
Dois concursos vão movimentar a Fenachim nesta quarta-feira, 11, dia do aniversário de Venâncio Aires. O concurso gastronômico que vai eleger o melhor acompanhamento para o chimarrão e o concurso ‘Melhor Chimarrão do Brasil’ recebem inscrições até hoje, pelo WhatsApp (51) 99910-9500.
Para o concurso gastronômico, os participantes devem ser maiores de 18 anos, moradores da Capital do Chimarrão e na inscrição devem enviar seus dados, junto com a descrição da receita completa do prato e uma defesa, de até dez linhas, sobre a escolha. Já para o concurso de melhor chimarrão, deve-se informar os itens que serão utilizados, o nome para o chimarrão e se o participante preferir, uma breve descrição da criação. Os vencedores serão conhecidos nesta quarta-feira, 11, durante a 16ª Fenachim, a partir das 18h.

Aniversário
Venâncio Aires completa, amanhã, 131 anos de emancipação. Um aniversário que comemoramos com a realização de mais uma Fenachim. Para marcar esta data, Folha publica um caderno especial, encartado nesta edição, que destaca exemplos de jovens que têm se destacado em diferentes áreas.

Cenário disputado para fotos
Um dos espaços que vem ganhando atenção de muitos visitantes da 16ª Fenachim fica localizado no Chimarródromo, ao lado da entrada do Ginásio de Exposições.
Trata-se de um balanço decorado pela equipe da empresa Refinatta Flor & Decór. O ambiente instagramável vem sendo muito disputado para fotos, inclusive chegou a registrar filas em vários momentos da festa.
Quem garantiu um clique foi a professora e presidente da Liga Jovem de Venâncio Aires, Jóice Daiane da Silva, que é uma das voluntárias no espaço que comercializa erva-mate na festa. A exemplo de edições anteriores, a Liga Feminina de Combate ao Câncer vende os pacotes e parte do lucro é revertido para a entidade.

Orgulho
Dona Lori e Seu Arnildo Röhsler, pais da rainha da 16ª Fenachim, Veridiana Röhsler, prestigiaram a festa e, claro, registraram esse momento único da filha caçula, ao lado do trio de soberanas. Os pais dela, já aposentados, moram há cinco anos em Centro Linha Brasil, no interior de Venâncio Aires. “O coração está batendo a mil, muito orgulhoso dela”, disse Seu Arnildo.

Pé da Letra
Quem vai até o Espaço Mateando, na Fenachim, tem a oportunidade de registrar a visita em três tótens diferentes: na capa gigante da Folha do Mate, no T-Rádio e no boneco do projeto Pé da Letra, onde o pequeno Bernardo Vedoy Mayer, 4 anos, fotografou. Que fofura!

Shows nacionais lotam o Poli
Os dois primeiros shows nacionais da 16ª Fenachim ocorreram no primeiro fim de semana da festa. No sábado, 7, quem subiu no palco do Ginásio Poliesportivo foi Dilsinho, que animou o público com o pagode romântico. No domingo, 8, o sertanejo ficou em evidência com o show da dupla Hugo e Guilherme.
No próximo sábado, 14, o último show nacional da festa será com o Grupo Pixote, que está marcado para iniciar às 23h. A entrada no Poli estará liberada a partir das 21h.

Dilsinho contagiou o público (Foto: Luana Schweikart)

Andador de três rodas
Por Luana Schweikart
Andando pelas ruas de Venâncio, me deparei com o seu Carlos Reinaldo Schuck, 89 anos, conhecido como Carlinhos, e junto dele, um andador diferenciado. Ao parar para conversarmos, ele me contou que o objeto foi presente do neto Thiago Schuck Azevedo, 26 anos. Realmente, o item chama atenção: tem três rodas, o que facilita a locomoção, tem freios nas mãos e até uma espécie de bolsa no centro, que pode ser usada para guardar itens pequenos. “Muitos me perguntam o que é, fiquei muito feliz com esse presente, acabei unindo o útil ao agradável”, brinca Carlinhos.
Thiago é piloto de avião da empresa Azul e mandou o presente ao avô depois de uma das viagens que fez. Seu Carlinhos faz menção de que o objeto é encontrado somente fora do país. Na Alemanha, por exemplo, este tipo de andador é bastante usado, segundo ele. O aposentado que mostra uma boa forma física, comenta que usa o andador pois, de dois anos para cá, vem sentindo uma dificuldade maior para andar e menos firmeza, por isso, o acessório faz a diferença. “Bengala eu nunca quis e com o andador tradicional, tenho que caminhar bem devagar, então foi a melhor opção que o meu neto poderia me dar”, observa o aposentado, que é assinante da Folha do Mate há mais de 40 anos.

Foto: Luana Schweikart



Letícia Wacholz

Letícia Wacholz

Atua há 15 anos na Folha do Mate e desde 2015 é editora da Folha do Mate. Coordena a produção jornalística multiplataforma do grupo de comunicação. Assina a coluna Mateando, a página 2 do jornal impresso.

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