A mulher de 23 anos, que confessou ter pago R$ 800 para que o seu marido fosse morto, está desaparecida. Ela sumiu na quarta-feira, 9, após prestar novo depoimento na Delegacia de Polícia e dar detalhes de como o crime foi praticado. Além disso, ela abandonou o filho que possui com a vítima, Guilherme André Giehl, de 25 anos. O filho, de 3 anos, foi deixado na creche e está sob a guarda dos avós paternos.
Para a Polícia Civil, o fato da mulher ter sumido não configura novo crime. “Ela compareceu na Delegacia de Polícia e prestou depoimento, conforme solicitado. Cabe agora checarmos a veracidade de tudo o que ela disse”, explicou o delegado Vinícius Lourenço de Assunção.
Sobre o fato da mulher não ter sido presa, após confessar o envolvimento no crime, o delegado esclarece que já havia passado o período da flagrância. “Mas não descartamos a possibilidade de representar pela prisão preventiva dela, se isso for necessário”.
De acordo com o delegado Vinícius, ainda há diligências para serem realizadas e algumas delas dependem de autorizações judiciais. Ele revelou que o trabalho de investigação está adiantado e eles estão perto de identificar os demais envolvidos no homicídio.
Abandono
Na manhã da quinta-feira, 10, a mãe de Guilherme registrou na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) que está com o seu neto. A mulher declarou que no final da tarde do dia anterior recebeu ligação dos responsáveis pela creche frequentada por seu neto, informando que ele ainda estava lá, já que a mãe não o buscou. A mulher também esteve no Conselho Tutelar, onde assinou um Termo de Compromisso, se responsabilizando pelo neto.
Relembre o crime
Guilherme foi morto na noite de domingo, 6, nos fundos da casa onde vivia com a mulher e o filho, no bairro Santa Tecla. A perícia mostrou que ele foi atingido por um golpe de faca no peito e sofreu um corte profundo no pescoço. A autoria das facadas é investigada.
Saiba mais
Os avós da criança foram no Conselho Tutelar e assinaram um Termo de Compromisso, onde se comprometem a zelar pela efetivação dos direitos da criança referentes à vida, saúde, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, cultura dignidade, respeito, liberdade e a convivência familiar e comunitária. Depois, se dirigiram à Defensoria Pública, onde solicitaram a guarda do neto. A criança, que tem 3 anos, está residindo com os avós paternos, no interior de Venâncio Aires.