Algumas pessoas são mais fortes que as outras: seja de força física, aquele que levanta mais peso na academia; seja de moral, aquele que não se deixa abalar por simples comentários; ou seja espiritual, aquele que consegue superar as dificuldades da vida. Mas será que essa regra se aplica em uma cidade inteira?
Santa Maria teve que provar para si mesma que era, e continua sendo, forte em todos os sentidos. Depois do incêndio na Boate Kiss, a cidade ganhou uma ferida que sangrou muito e que, aos poucos, foi cicatrizando. Uma cicatriz que não vai sumir jamais, para lembrar todo o país que algumas medidas devem ser tomadas todo tempo. E, também, para provar aos mais de 262 mil habitantes que a força não é uma unidade, mas, sim, um conjunto que vem da fé de amigos, familiares, colegas e até desconhecidos.
às 8h da manhã do dia 27 de janeiro de 2013, a notícia de que 20 pessoas haviam morrido em uma boate chamada Kiss, muito famosa para quem curtia sertanejo (e que logo depois já eram 60 e o número não parava de aumentar), preocupou todos os moradores da cidade universitária, fazendo ela parar.
Com 242 vítimas, Santa Maria agiu como um ser humano que passa por uma situação inesperada na vida. No início, se manteve em silêncio, estava fragilizada, foi mudando de humor com o tempo, ficou emotiva, irritada, triste, carinhosa, mas, hoje, um ano depois, ela respira diferente e clama por justiça. O movimento de união que nasceu dos habitantes de Santa Maria se mantém vivo e pulsa nos moradores da ‘cidade coração do Rio Grande do Sul’.
Agradecimento especial à pessoa que me ajudou a formular o texto, uma pessoa que viu e vê de perto o que acontece em Santa Maria.