Os estudantes da rede estadual de ensino receberam uma nova chance antes mesmo do início das aulas. Isso porque eles tiveram a oportunidade de participar do período de Estudos de Recuperação do ano letivo 2022. A iniciativa foi realizada em caráter excepcional pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e adotada por todas escolas da rede, oportunizando a recuperação da defasagem no aprendizado em razão da pandemia.
Conforme divulgado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a modalidade vale apenas para este ano. As atividades foram ofertadas aos alunos do 3ª ano do Ensino Fundamental ao 3ª ano do Ensino Médio que estavam abaixo da média ou eram infrequentes. O calendário de recuperação iniciou nos dias 6 e 7 de fevereiro, com reunião dos professores, e entre os diad 8 e dia 16 do mês passado ocorreram as aulas do ‘intensivão’ com os alunos e avaliação. No dia 17 de fevereiro, ocorreu o conselho de classe final.
Conforme dados divulgados pelo responsável pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação, Luiz Ricardo Pinho de Moura, em Venâncio Aires, 422 alunos estavam em Estudos de Recuperação, sendo que 266 foram aprovados. Na Escola Estadual de Enino Médio (EEEM) Cônego Albino Juchen (CAJ), o cronograma foi dividido por áreas do conhecimento, onde houve um número mínimo de períodos para cada componente.
De acordo com a supervisora e vice-diretora da instituição, Marilda Alves Iansen, os professores tiveram a sensibilidade de observar a matriz curricular e habilidades básicas para o ano letivo 2023, para que então os alunos pudessem iniciar o ano letivo na nova turma. Ela ainda ressalta que a instituição de ensino não teve estudantes dos anos iniciais em recuperação. No CAJ, do total de 1.093 alunos da instituição, 79 ficaram em Estudos de Recuperação. Destes, 57 foram abaixo da média e 22 são considerados infrequentes.
Conforme a diretora da escola, Cláudia Cristina Neumann, foram seguidas as orientações da Seduc para realizar a atividade de recuperação do ensino aos alunos e, além da própria avaliação dos conhecimentos dos estudantes, a participação em aula também era um dos critérios considerados. Além disso, ela enfatiza que todos os estudantes foram informados do período de recuperação que estava sendo proposto.
A aluna da 2ª série do Ensino Médio Gaúcho, Ana Júlia Heck dos Santos, de 15 anos, participou da atividade proporcionada pela instituição para recuperação. Ela estava entre os 79 estudantes do educandário que realizaram a recuperação. “Quando apareceu a possibilidade, foi um misto de emoções: fiquei feliz por ter a oportunidade, mas fiquei chateada por perder um pouco das férias”, comenta. Ela ainda destaca que as aulas desse período foram de extrema importância, afinal, o número de alunos na sala de aula era menor e a estudante conseguiu absorver melhor o conteúdo, que durante o ano teve dificuldades. “O aluno tem vida e sentimentos fora da escola, o que, às vezes, influencia e reflete na queda na vida escolar”, ressalta a jovem.
• Dos 79 alunos do CAJ em Estudo de Recuperação, apenas 12 foram reprovados, o que equivale a menos de 1,5%. Outros 51 alunos foram aprovados e 16 foram considerados como abandono dos estudos.