Além dos estabelecimentos comerciais, a rua Carlos Wagner também tem forte característica residencial. A professora aposentada Celi Luiza Reckziegel, 63 anos, tem a Carlos Wagner, no bairro Gressler, como endereço há cerca de 27 anos. Ela conta que quando a casa estava sendo construída também estava ocorrendo a obra de asfaltamento da rua. Nesse tempo, a principal mudança que percebeu foi no movimento de veículos.
O fluxo intenso do trânsito ocorre pelo fato de ser uma via principal de ligação entre diversos bairros e por dar acesso a outras duas ruas também muito importantes para o trânsito de Venâncio Aires: a General Osório, ao lado norte, no bairro Aviação, e a Armando Ruschel, no sul, no bairro Gressler. “O movimento aumentou muito, especialmente de tardezinha. Já aconteceram muitos acidentes aqui por perto, geralmente nos horários de pico”, observa.
Apesar do movimento intenso, Celi garante que já se acostumou com o barulho. Além disso, no pátio nos fundos de casa, tem seu refúgio, em meio às plantas e animais, onde gosta de passar parte do tempo. “Gosto muito de morar aqui. É um local muito bom”, ressalta ela, que reside com o filho Maicon Eduardo Reckziegel Stumm, 20 anos.
Um fato curioso relacionado à rua é o desfile dos motoristas, quando centenas de veículos passam pela rua Carlos Wagner, onde inicia o trajeto dos veículos pela cidade. “O movimento já começa cedo, pelas 6h30min, e nesse dia a gente já se programa para ficar em casa, porque não dá para entrar nem sair, a entrada fica bloqueada”, relata Celi, bem humorada. Ela lembra que, especialmente quando o filho era criança, o desfile dos caminhões era uma atração. “Ele subia na caixinha de luz para ficar olhando os caminhões passarem”, recorda.
Leitora assídua do jornal
Professora aposentada de Matemática e Ciências, Celi atuou na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dois Irmãos, do bairro Aviação, e nas escolas estaduais de ensino médio Monte das Tabocas, no Centro, e Sebastião Jubal Junqueira, em Vila Deodoro.
Celi é assinante da Folha do Mate há décadas, desde quando ainda morava em Linha Lucena, no interior de Venâncio Aires, e o jornal chegava pelo ônibus. Nas terças, quintas e sábados, dias em que circula a edição impressa da Folha do Mate, a leitura do jornal está entre as primeiras atividades do dia. “Acordo cedo, sento, tomo meu chimarrão e leio o jornal”, comenta Celi. Para ela, que também é uma ouvinte assídua de rádio, estar bem informada é muito importante. “Mesmo que escuto muita coisa pelo rádio, o jornal sempre traz informações a mais, detalhes, é muito bom”, ressalta.