Em três anos, a Associação Vôlei Venâncio (AVV) superou as expectativas e já alcança títulos em campeonatos regionais e estaduais. Criada em 2020, conta atualmente com 300 atletas divididos em três projetos: vôlei de quadra, vôlei de areia e minivôlei. As equipes disputam campeonatos regionais e estaduais, como a Liga Gaúcha de Voleibol (LGV) e a Liga Serra Vale.
De acordo com o presidente da AVV, Gabriel Endler, a direção entrou com uma expectativa mais alta para 2023, com maior conhecimento e alunos. Porém, a tradicional frase ‘nem os mais otimistas acreditariam’ se aplica ao ano da associação, segundo Endler. A entidade já disputou o Festival Internacional de Estrela, Taça Paraná de Voleibol e venceu etapas do Gauchão de Vôlei, além de sediar uma etapa.
Endler diz que o objetivo inicial era levar o nome de Venâncio Aires para competições estaduais e nacionais. Mas o desempenho já foi positivo logo no primeiro campeonato do ano – Festival de Estrela. “Foi uma semana muito especial. Fomos com a categoria sub-14, que é a nossa categoria mais forte atualmente”, relembra, ao destacar o vice-campeonato disputado conquistado na competição.
Além da participação em Estrela, atletas venâncio-airenses disputaram a Taça Paraná, principal campeonato brasileiro e da América Latina de base. “É até foi mais forte que o Festival, porém a gente conseguiu se preparar melhor para essa competição e buscava mais do que apenas a participação.” E, como o ano ainda não tinha apresentado todas as surpresas, a equipe conquistou o terceiro lugar na Série Ouro da Taça, quando perdeu por três sets a dois para a equipe que viria a ser campeã.
Futuro
Segundo Endler, os resultados aumentam a visibilidade e mais portas se abrem, com uma melhor estrutura para participar e, quem sabe, se tornar uma equipe federada (na Federação Gaúcha de Voleibol), para disputar em um patamar mais alto. “Isso demanda mais de tudo: organização, aporte financeiro e dedicação”, exemplifica.
A AVV tem como meta para 2024 abrir novos projetos, como, por exemplo, vôlei nos bairros, ter equipes mais competitivas, seguir com o projeto de areia e ampliar o minivôlei. Segundo Endler, a expectativa é alcançar entre 400 e 450 alunos ativos durante o ano. Ainda, a equipe deve confirmar, em breve, uma parceria com o Colégio Oliveira, que vai permitir ‘voos maiores’.
Amor pelo voleibol
Uma das integrantes da Associação Vôlei Venâncio é Rafaela Schabbach, 12 anos. A estudante do 7º ano do Colégio Bom Jesus integra o projeto desde o início, em 2020. “Na época recebi a oportunidade de fazer parte dos treinos mesmo sendo mais nova”, conta.
Ela destaca que sempre gostou do voleibol e, quando soube da criação da entidade que promove o esporte no município, criou ainda mais interesse e amor pela modalidade. Rafaela treina praticamente todos os dias. Nas segundas-feiras com o time do mirim competitivo da AVV – que participa das competições mais importantes. Nas terças, com a equipe da Juventus, em Teutônia; nas quartas, faz treinos específicos para fortalecimento físico em uma academia e nas sextas faz dupla jornada: treina em Teutônia e depois novamente com o time mirim da AVV. No sábado, também treina pela Associação Vôlei Venâncio.
A atleta já participou de diversos campeonatos, mas dois em específico ficaram marcados na trajetória de Rafaela: o Festival de Estrela, que reúne times de diversos estados, principalmente do Sul, e até times internacionais, e a Taça Paraná, maior campeonato de base do voleibol brasileiro, e um dos maiores da América Latina. “Conseguimos a medalha de bronze da série ouro, e fui a capitã do time, algo que considero muito”, destaca Rafaela.
“Hoje o voleibol representa algo grandioso e essencial na minha vida, por ser um grande hobby, além de eu ter criado um grande amor por isso.”
RAFAELA SCHABBACH
Integrante da AVV
