Concluído há quatro meses, o primeiro módulo do Centro Vocacional Tecnológico (CVT) da Proteína Animal de Venâncio Aires ainda não tem data para efetivamente ser explorado como um local de estudos e inovação na área agrícola.
Isso porque, até o momento, a Prefeitura não teve sinalização por parte do Governo Federal sobre envio de recursos para o custeio dos cursos e pesquisas. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Venâncio, Marcos Hüttmann. Questionado se o local corre o risco de virar um ‘elefante branco’, Hüttmann revela que o Município já tem conversas com empresas de tecnologia e biotecnologia, em busca de alternativas para usar o espaço. “Temos tratativas com empresas desses segmentos que poderiam trabalhar com projetos de melhorias na alimentação, e com a Unisc, já que o convênio foi assinado com a universidade. Mas de qualquer forma precisa de recursos para o custeio.”
Ainda conforme o secretário, os CVTs são programas do Governo Federal e ainda não se tem certeza sobre a continuidade. “Não temos sinalização da União e hoje nós também não temos previsão de recursos no orçamento municipal. Se fosse para equipar um laboratório, custaria aproximadamente R$ 1 milhão, um valor maior do que custou o próprio prédio”, comparou. Desde 2018, quando foi assinado o convênio, o Município recebeu cerca de R$ 900 mil para construção do primeiro módulo (312 metros quadrados) e compra de equipamentos. Sobre a equipação, são R$ 118 mil disponíveis, mas, como os valores são de cinco anos atrás, foi necessário atualizar o orçamento para tentar encaixá-lo numa licitação. “Vamos entrar com processo licitatório para compra de mobiliário, mas não viabiliza muita coisa, pois os valores do Ministério [da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações] são lá de 2018.”
A obra, executada pela construtora Invicta, está localizada na área da antiga Fundação Ambiental de Venâncio Aires (Favan), em Linha Ponte Queimada, na RSC-287. Na prática, o CVT foi projetado para proporcionar cursos e orientações a agricultores familiares, pensando na qualificação do processo produtivo. Entre eles, conservação do solo e água, melhoramento genético dos rebanhos de leite e gado de corte, ovinocultura, avicultura, suinocultura, piscicultura e apicultura.