1º de maio – Dia do Trabalhador. A indústria é o setor mais importante da economia de Venâncio Aires, sendo responsável por 50,84% da movimentação, conforme dados da Secretaria Municipal da Fazenda. É o segmento que mais emprega, com destaque para empreendimentos do ramo de tabaco, metalurgia e refrigeração, frigoríficos e confecção.
Nesse contexto, os sindicatos têm atuação importante na representação dos trabalhadores e busca por melhores condições de trabalho e remuneração junto às empresas. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Venâncio Aires, Adolfo Celoni da Rosa avalia que o momento atual é um dos melhores para o ramo da metalurgia na questão de oportunidades. “O que está faltando é a mão de obra”, afirma, ao observar que muitas pessoas vêm de fora de Venâncio Aires para trabalhar pelas oportunidades disponíveis.
O presidente do sindicato acredita que isso se dá muito pela falta de valorização financeira. “É um trabalho num ambiente difícil. Os jovens principalmente se assustam e procuram outras oportunidades”, comenta. Ele salienta que o sindicato apoia iniciativas de qualificação profissional e trabalha com o intuito de que os profissionais sejam reconhecidos pela busca de conhecimento. “Também lutamos por melhores condições para o trabalhador, para que as empresas invistam em tecnologia e maneiras de facilitar o dia a dia”, acrescenta.
Atualmente são 1,2 mil associados ao sindicato, sendo 3,5 mil trabalhadores metalúrgicos em Venâncio Aires, Mato Leitão, Barros Cassal e Boqueirão do Leão. A entidade abrange também trabalhadores que atuam com reparação de veículos e máquinas agrícolas.
CALÇADO E VESTUÁRIO
O Sindicato dos Trabalhadores do Calçado e Vestuário de Venâncio Aires e Mato Leitão aponta uma estabilidade em relação ao número de profissionais e oportunidades de atuação no mercado de trabalho. O presidente da entidade, João Émerson Dutra de Campos, afirma que mesmo com o encerramento das atividades da Dass no ano passado, foram abertas algumas empresas menores, o que equilibrou o setor. “Sabemos que alguns conseguiram recolocação em outras empresas do ramo e alguns mudaram de setor”, complementa.
Sobre as oportunidades disponíveis, o cargo de costureira é o mais necessário atualmente. A questão salarial é o principal motivo elencado por Campos pela falta de profissionais, renovação e interesse dos jovens. “Tem máquinas mais tecnológicas, mas a maioria são as tradicionais, onde o trabalho é muito braçal”, observa.
A falta de planos de carreira para que os profissionais vislumbrem crescimento na profissão também é um agravante. “Quem é costureira sempre terá colocação, principalmente em Venâncio que tivemos uma melhora no setor de vestuário”, destaca.
A categoria de trabalhadores dos ramos de calçado e vestuário conta com cerca de 1,4 mil profissionais, enquanto que 700 são associados à entidade. Além das solicitações para aumento da remuneração, o sindicato atua em contato com as empresas para melhores ambientes de trabalho, com segurança e respeito ao trabalhador.
Empresas por segmento
2.050 Comércio
2.770 Serviços
692 Construção civil
547 Saúde humana
286 Associações / Clubes / ONG’s / Hondings
254 Imobiliário/Condomínios
242 Metalmecânico
154 Confecções/Calçados
129 Outras indústrias/Empresas
122 Serrarias e moveleiras
117 Educação
74 Tecnologia da informação
58 Panificadoras/Alimentação
40 Cultura
24 Agroindústrias familiares
12 Tabacaleiras
8 Frigoríficos
7 Cervejas/Refrigerantes/Bebidas
3 Ervateiras
Fonte: Perfil Socioeconômico de Venâncio Aires 2023/24
