Como era de se esperar, a sessão da Câmara de Vereadores de segunda-feira, 7, foi dominada pelos pronunciamentos relacionados às eleições municipais. Dos 15 parlamentares, só Clécio Espíndola, o Galo (MDB) – um dos que não conseguiu se reeleger – declinou da utilização da tribuna. Confira os principais destaques.
Tiago Quintana (PDT) ressaltou o fato de ter sido, pela segunda eleição seguida, o vereador mais votado. Sobre a reeleição de Jarbas da Rosa (PDT) e Izaura Landim (MDB), afirmou que “a comunidade deu o recado e, para quem quer se colocar na condição de candidato a prefeito, só dizer coisas que estão erradas não adianta”. Segundo ele, ficou comprovado que os eleitores querem propostas: “Atacar não cola mais”.
Benildo Soares (Republicanos) e César Garcia (PDT) foram econômicos nas palavras. O primeiro lamentou não ter conquistado o segundo mandato, mas disse que vai “sair de cabeça erguida e sem dever nada para ninguém”. O segundo evidenciou as cinco cadeiras garantidas pelo PDT e destacou também o desempenho, na corrida majoritária, de Maciel Marasca (PP), que estava no seu primeiro pleito. Ao brincar que, nos próximos dias, já vai estar “limpando as gavetas”, sugeriu aos novos que “trabalhem para transformar a sociedade”.
Sid Ferreira (PDT) lamentou não ter obtido a votação necessária para um terceiro mandato. “A vida é feita de ciclos e estações, que chegam e vão embora. Mas a gente fica e a vida continua”, disse. O mais importante, para ele, “é deixar a marca e o legado por onde passamos”. Sinalizou que deve integrar a próxima Administração. Nelsoir Battisti (PSD), por sua vez, festejou a reeleição e comentou que a vida “é como as batidas do coração, com altos e baixos, às vezes menos intensas, outras mais aceleradas”. Pediu que as lideranças não ocupem seus espaços de comunicação para fazer terra arrasada em relação a Venâncio Aires.
Gilberto dos Santos (MDB), que também se garantiu na próxima legislatura, quando cumprirá o seu terceiro mandato, brincou que tem “um pouco de estrela”, pois nas três vezes que concorreu, obteve votação para ficar com uma das 15 cadeiras da Casa e, de quebra, esteve sempre com os candidatos vencedores do pleito majoritário. Diego Wolschick (PP), também reeleito, agradeceu aos eleitores pela nova oportunidade e opinou que Maciel Marasca (PP) “futuramente terá êxito se continuar sua caminhada na política”.
Claidir Kerkhoff Trindade (Republicanos) celebrou não apenas o aumento expressivo de votação de um pleito para outro, mas também o fato de ter sido a primeira presidente da Câmara de Vereadores reeleita. Pediu que a próxima legislatura seja “de diálogo e não de discussão, ódio e raiva”. Gerson Ruppenthal (PDT) lamentou não ter conquistado a reeleição, contudo lembrou que ficou na primeira suplência do partido e que, caso algum colega seja convidado para ocupar secretaria na Prefeitura, automaticamente assumirá uma cadeira.
Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB), falou em “misto de alegria e tristeza, pois uns dão risada e outros choram”. Para alfinetar desafetos políticos que o comparam a uma carroça vazia, que só faz barulho, mandou o recado: “Sou esta carroça vazia, sim, quando estou indo. Mas, na volta, a carroça vem cheia de recursos e boas notícias para Venâncio Aires. Na sequência, manifestou o interesse de ir a Brasília em novembro, época em que são definidos os destinos das emendas parlamentares. O tucano André Kaufmann pediu a Jarbas e Izaura, prefeito e vice-prefeita reeleitos, “continuem com o trabalho dos últimos três meses daqui em diante”, em clara sugestão de que o Executivo trabalhou com mais intensidade no período pré-eleitoral.
Renato Gollmann (Podemos) e Sandra Wagner (PSB) lamentaram a não conquista da reeleição. Os dois, inclusive, foram o que demonstraram maior frustração por não terem obtido a continuidade na Casa do Povo. “Se fossem os mais votados, eu estaria na Câmara, pois fiquei em 13º lugar”, disse Gollmann. Ele também parabenizou a chapa reeleita à Prefeitura. “Se tivessem feito mais 161 votos, teriam empatado com o total das outras três candidaturas”, comparou. Sandra enalteceu a postura de educação e respeito que manteve nos seus dois mandatos. “Nunca fui de brigar ou de me exaltar nos debates. A política é diálogo e não gritedo”, disse, para em seguida concluir: “Me dediquei muito e estou tranquila. Sou pobre, não tenho dinheiro e nunca comprei votos”.
Ezequiel Stahl (PL) lamentou, principalmente, o insucesso da colega Sandra Wagner (PSB) nas urnas. Segundo ele, Sandra “foi a vereadora que mais trabalhou nos últimos anos na Câmara”. Classificou como uma “injustiça” a não eleição de Diego Krämer (Podemos) para vereador, já que ele fez uma votação expressiva. E encerrou dizendo que Maciel Marasca (PP), se permanecer no cenário, “vem forte nas próximas eleições”.