Despertar a curiosidade e desmistificar ditos populares são alguns dos objetivos do projeto ‘A fantástica escola no meio rural’ da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Dom Pedro I, de Linha Cerro dos Bois, no interior de Venâncio Aires. O projeto que participou da Mostra Municipal de Pesquisa e Inovação (Mompi), no fim de agosto, já é desenvolvido há um ano no educandário e hoje envolve 13 alunos das turmas de 3º, 4º e 5º ano do Ensino Fundamental. Ao todo, a escola tem 41 estudantes, cinco professoras e duas funcionárias.
A professora Cássia Roberta da Silva, que é também a diretora, explica que o projeto teve início durante um momento de leitura, de uma história sobre o pássaro aracuã. No entanto, o objeto de pesquisa do trabalho é amplo e tem diversos focos como os animais encontrados no meio rural, as espécies de plantas e tudo que envolve o interior. “Os próprios alunos trazem as dúvidas conforme seus interesses e vamos trabalhando”, comenta.
Entre os animais já estudados estão o louva-a-deus, aracuã, caturrita, mariposa e as lagartas, inclusive na formação de casulo e transformação em borboletas. “Eles aprendem sobre o lugar onde vivem, que é tão diverso e tento introduzir temas sobre o meio ambiente como os desmatamentos e a cadeia alimentar”, completa a diretora.
Cássia destaca o quanto os pequenos são dedicados e constroem o projeto juntos, já que é de interesse coletivo. Todos os estudantes moram na localidade e a escola também incentiva a participação dos pais no aprendizado. Entre as ferramentas de pesquisa estão os chromebooks, usados para encontrar informações sobre os animais e temas pesquisados. “Busco mostrar como pesquisar. É importante saberem usar e não caírem em fake news”, ressalta a professora. Ela reforça que o projeto tem contribuído na alfabetização e a intenção é continuar as atividades.
Com base nos estudos realizados, também foi criado um projeto de reflorestamento na própria escola, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), com a doação de mudas de árvores de ingá, guabiju, pitanga e abacate. O plantio foi feito pelos próprios estudantes. “Quem mora no interior acompanha alguns privilégios e agora os alunos estão mais atentos a estes detalhes, observam mais essas vivências e estão estimulando a preservar o meio ambiente.” A interação da turma tem sequência também pelo grupo de WhatsApp nos fins de semana.
