Com o registro de cinco óbitos neste ano em função da doença meningocócica no Rio Grande do Sul, tendo sido três casos do tipo B e dois não identificados, atenta-se para a importância da prevenção. Mas conforme autoridades de saúde, o quadro está longe de ser considerado um surto, o que assim poderia ser chamado se houvesse mais de 10 casos por 100 mil habitantes.
Caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, a meningite é causada, principalmente, a partir da infecção por vírus ou bactérias. No SUS, de acordo com a enfermeira Carla Lili Müller, existe vacinação somente para o tipo C da doença meningocócica, havendo apenas na rede particular a vacina tetravalente (para os grupos A, C, Y e W). Recentemente também foi desenvolvida e lançada no mercado internacional a imunização para o tipo B da doença.
Em relação ao tipo C da doença, Carla Lili explica que as três doses da vacinação disponibilizada pelo SUS precisam ser tomadas aos três meses, cinco meses e aos 15 meses. Já a vacina tetravalente pode ser encontrada por R$ 285 num laboratório particular da cidade, o qual ainda não conta com a vacina do tipo B.
Em Venâncio Aires, segundo a enfermeira Carla Lili, não há nenhum caso confirmado ou suspeito da doença. Até então, os óbitos registrados no RS ocorreram em Viamão (2), Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha e Sapiranga.