Frequentemente a RSC-453, que liga Venâncio Aires a Lajeado, era tema de reclamações. A maior parte dos apontamentos diziam respeito a buracos no asfalto, problemas no acostamento e falta de sinalização. Entretanto, nos últimos dias, a mesma via que tantas vezes recebeu críticas passou a ser tema de comentários positivos entre os usuários.
Isso porque a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) iniciou, em outubro do ano passado, intervenções na via, com a execução de reparos profundos, substituição do material já existente nas camadas de base, sub-base, superficial e colocação da nova camada asfáltica. Conforme a estatal, esse plano de recuperação ainda está em andamento com obras de manutenção do pavimento do quilômetro zero ao 21, entre Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul.
Mas o resultado já é visível, especialmente no trecho que inicia na Capital do Chimarrão, logo após o trevo de acesso ao município na RSC-287, até o posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), em Cruzeiro do Sul. Para verificar a situação da RSC-453, a reportagem da Folha do Mate percorreu, de carro, os 29,6 quilômetros entre a placa que marca o início da rodovia em Venâncio Aires até a indicação de término desse trecho, em Lajeado.
Melhores condições
Durante a viagem, de aproximadamente 40 minutos, foi possível constatar que a rodovia está de cara nova, e segundo a EGR, atualmente, as equipes complementam a nova sinalização horizontal e vertical implementada neste segmento. “Tão logo seja concluída, será iniciada a construção das rotatórias nos quilômetros 27 e 29, no bairro Floresta, em Lajeado, e de uma readequação na interseção da RSC-453 com a rua Djanir Hausen de Oliveira, no acesso ao Distrito Industrial de Venâncio Aires”, informa a estatal.
No trecho após o posto da Polícia Rodoviária é possível perceber que ainda não foram feitas melhorias. Inclusive, em um trecho de aproximadamente 1,6 quilômetro, em Cruzeiro do Sul, não há sinalização horizontal, ou seja, falta a pintura asfáltica. No trecho em Cruzeiro e em Lajeado também é possível perceber a realização de vários ‘tapa-buracos’ em pontos que apresentavam problemas.
A EGR ainda explica que o cronograma de obras na RSC-453 foi estabelecido para evitar transtornos aos usuários da rodovia, uma vez que já há muitas frentes de trabalho atuando paralelamente, e isso ocasionaria mais pontos de lentidão por causa dos bloqueios de trânsito.
O que dizem os usuários
O auxiliar administrativo, Marcos Rogério Weber, 39 anos, morador do bairro São Francisco Xavier, em Venâncio, se desloca de segunda a sexta-feira para trabalhar em Estrela, no Vale do Taquari. De acordo com ele, a RSC-453 melhorou bastante em relação há alguns meses.
“Buracos quase não tem mais. O que ainda pode melhorar é que os consertos feitos geraram desníveis na pista. No carro não se nota isso muito, mas um caminhão, por exemplo, sente bastante o solavanco desses desníveis, assim como o degrau entre a pista e o acostamento, que em alguns pontos é bem alto”, avalia.
Weber salienta que a melhora é perceptível em todo o trajeto da rodovia. “Tinham pontos críticos, como nas imediações do trevo de acesso à Vila Palanque e Linha Travessa, em Venâncio, e no trevo de acesso a Faros, em Cruzeiro do Sul. Nesses locais tinham muitos buracos, que foram fechados, ficando somente o desnível causado pelo conserto, que é mais sentido por veículos pesados”, cita.
Para ele, a melhor trafegabilidade pela RSC-453 ficou perceptível a partir do fim do ano passado. “Lembro que foi feito um conserto inicial, que não durou muito tempo, pois com as chuvas os buracos abriam novamente. Depois disso, retomaram os reparos, que ficaram de melhor qualidade”, menciona.
Quem também atesta as novas condições da rodovia é o operador de empilhadeira Alexandre José Fagundes da Silva, 46 anos. Morador de Vila Santo Antônio, no interior de Mato Leitão, ele utiliza a rodovia de segunda a sexta-feira para se deslocar até o trabalho em Venâncio Aires. “O asfalto está bom, mas tem um desnível grande entre ele é o acostamento”, observa.
Silva também cita a necessidade de uma terceira faixa entre a entrada para Linha Grão-Pará e a sede dos Móveis Göttems. “À tardinha, quando tem mais movimento, tem muitos caminhões que deixam o trânsito lento e agora é proibido ultrapassar nesse trecho. Então, seria interessante ter uma terceira faixa para esses veículos”, opina.