A rua Coronel Agra vai muito além da parte central. Após a rua Armando Ruschel, na parte mais alta do município, vive a professora aposentada Cecília Ivone Schwengber, 83 anos, que para muitos, é apenas Ivone. “Meus alunos perguntam por mim não pelo nome de Cecília, mas por Ivone. E meus vizinhos também. Se perguntar da Cecília, não vão saber quem é”, comenta, aos risos.
Nascida e criada no interior de Passo do Sobrado, cursou magistério em uma escola de Santa Cruz do Sul e depois retornou ao município de origem para lecionar. Quando se aposentou, ela e o marido Erno Schwengber – hoje já falecido -, juntamente dos filhos Enoir e Enair, vieram morar em Venâncio, em 1971, em uma casa na rua Tiradentes. Após oito anos, se mudaram para a residência atual, no dia 1º de maio de 1979. Além do casal, Ivone e Erno tiveram mais um filho, o Fagner.
Para a aposentada, é um bom lugar de morar. “Eu me dou muito bem com meus vizinhos. Eles me ajudam quando eu preciso e se preocupam quando não me veem, pois tenho minhas limitações. A rua é bem movimentada, mas para mim é tudo tranquilo”, destaca. Desde que se mudou, em 1979, Ivone acrescenta que houve muitas mudanças na Coronel Agra. “Era chão batido e tinha muito mato e eucalipto, tinham poucos moradores nessa região”, salienta.
Parceria e cuidado
No dia da entrevista com Ivone, quem chegou para ver o ‘movimento’ diferente na casa da idosa, foi o vizinho, Constâncio Ferreira, 73 anos. “Estou dando uma entrevista, Constâncio. Vai sair no jornal”, brincou a idosa.
Ferreira, que é torneiro mecânico aposentado, vive na rua Coronel Agra há cerca de 35 anos. “Quando eu cheguei a Ivone já morava aqui, foi uma das minhas primeiras vizinhas. Tudo era mato, chão batido e terreno baldio, com poucos moradores”, relembra.
Para ele, que reside com a filha Clodiane dos Santos Ferreira, 49 anos, e a neta Vitória, 21, hoje está tudo melhor e considera ser um lugar calmo para se viver. Uma sugestão do morador para melhorar ainda mais a infraestrutura da via é o capeamento asfáltico.
