Embora referenciada mais centralmente e pelo potencial comercial, a rua Júlio de Castilhos está muito além da parte asfáltica e das rotatórias nos cruzamentos da rua Armando Ruschel e Jacob Becker.
Um dos moradores da parte ‘alta’ da rua, é Irineu dos Santos, de 70 anos. Juntamente da esposa, Nelcy Terezinha dos Santos, 68, o casal vive no local há 20 anos. O vendedor do ramo de vestuário, antes de morar na atual residência, já viveu no município de Lajeado e na área central de Venâncio. No entanto, o desejo era encontrar uma moradia que fosse beneficiada com sol nos fundos de casa, no inverno e bastante sombra no verão, na frente. “Minha esposa e eu estávamos à procura de um terreno com essas características. Um dia vimos esse lugar e percebemos que se encaixava no que procurávamos, de acordo com nosso desejo de construir. E agora podemos ‘lagartear’ no inverno com um chima e sol”, relata.
Um dos pontos destacados por Santos, nesse período de vivência na região, é o crescente fluxo de veículos. “É uma rua muito boa, muito tranquila de viver. Mas hoje percebo um aumento significativo de movimentação aqui. Isso inicia cedo da manhã, antigamente não era assim”, diz. Além disso, considera que o crescimento do número de moradores na região contribui para o aumento de trânsito.
Uma das sugestões do morador é a continuação do asfalto. “Quando compramos o terreno, a rua já era de paralelepípedo. Ter um asfalto seria muito melhor, com mais sinalizações”, sugere.
Uma boa rua para compartilhar os dias com a mãe
Um pouco mais próximo do asfalto, está Ana Mariza Schimuneck, de 72 anos. A funcionária pública do judiciário aposentada vive na rua Júlio de Castilhos há 23 anos. Atualmente, compartilha os dias e a rotina com a mãe, Ernestina Paula Schimuneck, de 96 anos.
Para a moradora, pouca coisa mudou nesse tempo, visto que o paralelepípedo já era realidade quando comprou a residência, oportunidade essa que surgiu de uma caminhada. “Eu tinha o sonho de ter uma casa de dois pisos. Nessa época eu morava em outra rua e estava caminhando nessa região. Foi quando vi a placa de venda e me interessei”, afirma. A partir daí entrou na disputa pela casa que estava sendo construída. “Eram cinco pessoas interessadas e eu consegui”, comemora.
Ana enfatiza o bom convívio com os vizinhos e a tranquilidade da localização, bem como uma moradia rodeada de serviços essenciais. “Eu não tenho carteira de motorista, isso não é positivo, pois muitas vezes poderia sair mais para passear com a mãe. Mas moramos em um ponto tão bom, que temos mercado, fruteira, academia e igreja próximos. Então eu faço tudo a pé”, comenta.
A aposentada também fala do aumento do fluxo no trânsito e sugere a instalação de uma sinaleira no lugar da rotatória. “A rotatória auxiliou na diminuição do número de acidentes. No entanto, penso que uma sinaleira seria melhor, por conta da via ter várias mãos”, cita. Ela também destaca que um asfalto seria de grande valia para o restante da rua.,