Conheça torcedores apaixonados da Febre Amarela

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O nome surgiu com o decorrer dos anos, sendo que nem os criadores conseguem confirmar uma data específica. Febre Amarela é a alcunha recebida pela torcida da Assoeva, remetendo à cor do clube. São diversos os torcedores fanáticos que não perdem um jogo sequer no Ginásio Poliesportivo, no Parque Municipal do Chimarrão.

Entre eles está a família do professor e publicitário Denis Puhl, 37 anos, e da fisioterapeuta Raquel Pastre Marquetto, 38 anos. A paixão surgiu com Denis, por volta de 2005, quando trabalhava no Marketing na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que já era patrocinadora da Assoeva.

Ele relembra que foi pedido uma faixa, na época, com os dizeres ‘torcida desorganizada da Febre Amarela’. “A partir de então, comecei a frequentar os jogos. Nos reuníamos onde, atualmente, são as cabines de imprensa. Começamos a criar umas músicas e, posteriormente, foi aumentando a quantidade de pessoas, e se iniciaram as excursões”, comenta.

Para Raquel, a história de amor começou há 10 anos, junto com o início do namoro com Denis. “Ele me convidou e eu nem sabia o que era, não aceitei. Mas agora, quem convida sou eu. A paixão que criei com esse clube é fenomenal”, comemora.

De acordo com Raquel, as filhas Luiza Marquetto Puhl, 7 anos, e Laís Marquetto Puhl, 3 anos, já frequentavam os jogos no bebê-conforto, com poucos meses de vida. “Após alguns anos, fizemos amizade com o Boni, porque o Denis foi professor da filha dele, e como tenho uma clínica de fisioterapia posso agregar e ajudar o clube dessa forma.”

O casal brinca ao afirmar que eles são “torcedores ativos”: estão sempre xingando os jogadores e o árbitro. “A ideia sempre é incentivar. Sou muito frenética, grito, xingo, brigo, inclusive com os jogadores. Quando as crianças estão junto, nos controlamos, para não soltar nenhum palavrão, principalmente aos árbitros, mas saímos roucos, ainda assim”, diz Raquel.

Os jogos marcantes para Denis são os confrontos contra a Alaf, de Lajeado, e os duelos fora de casa. “Não lembro o ano, mas em um jogo, em Santo Ângelo, viajamos de micro-ônibus. Faltando três segundos tomamos um gol e fomos eliminados. A festa estava toda organizada, mas, na volta, ninguém falou uma palavra.”

Já Raquel não esquece os grandes momentos vividos em 2017 – ano das principais conquistas da equipe. “O Poliesportivo estava lotado na semifinal de 2017. Aquele jogo foi fantástico, de arrepiar, todos cantando e vibrando”, relembra.

Paixão há mais de 10 anos

Luís Gabe não perde um jogo. (Foto: Arquivo pessoal)

Luís Guilherme Gabe, 30 anos, conta que a história com a Assoeva começou em 2009. “O amor pelo clube foi à primeira vista, desde o primeiro jogo não perco mais nenhum”, garante. Ele se denomina um torcedor fanático e que busca ajudar o clube, sem se importar com os nomes que estão no comando da instituição. Para ele, dois jogos marcantes foram as finais da Liga Nacional de Futsal e do Gauchão, ambas em 2017, com o vice-campeonato e o título, respectivamente.

Torcedora raiz

Ariele herdou da mãe o amor pela Assoeva. (Foto: Arquivo Pessoal)

Outra torcedora apaixonada é a costureira Ariele Caroline de Souza, 27 anos, que está ao lado da Assoeva desde 2007, quando a equipe disputava a Série Prata do Campeonato Gaúcho. “Minha mãe passou a paixão pra mim. Ela começou a acompanhar e um dia resolveu me levar junto. Desde então, não parei mais”, afirma.

Ariele se considera uma “torcedora raiz”, que grita, xinga o árbitro e discute com adversário. “Daquelas apaixonadas pelo time e, também, pela torcida, que é a melhor do Brasil. E o mais importante: a que apoia sempre, principalmente, nos momentos ruins.” O jogo inesquecível para ela foi quando a equipe ganhou do time comandado pelo craque Falcão, um 2 a 0 da Assoeva contra o Brasil Kirin.



Leonardo Pereira

Leonardo Pereira

Natural de Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, jornalista formado na Universidade de Santa Cruz do Sul e repórter do jornal Folha do Mate desde 2022.

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