Entre um supermercado e outro, para mais ou para menos, os valores dos produtos de alimentação, higiene e limpeza se alteram todos os dias. O que não muda é o movimento constante de consumidores que pesquisam os melhores preços, antes de ir às compras.
Todo início de mês, a Folha do Mate também faz o levantamento de 38 itens em três supermercados de Venâncio Aires. Pesquisa realizada na segunda-feira, 3, mostra que o valor médio para adquirir os produtos da lista é de R$ 280,65 em fevereiro. No comparativo com o mesmo mês de 2019, quando o valor da lista de compras era de R$ 257,90, o aumento é de 8,8%.
Entre os produtos com aumento mais perceptível está a carne de gado. O preço médio atual do quilo da paleta é de R$ 18,26, o que representa uma alta de 28% com relação a fevereiro do ano passado, quando o levamento da Folha do Mate apontou preço médio de R$ 14,26.
Na carne moída, o reajuste é ainda maior: chega a 30% na relação com o ano passado. O preço médio nos três supermercados pesquisados variou de R$ 24,26, em 2019, a R$ 31,53. Outros produtos que chamam atenção pela elevação no valor são o leite (9,7%) e queijo (11%).
ESTABELECIMENTOS
A pesquisa também mostra uma variação de 6,5% entre os supermercados pesquisados. A diferença de preço do quilo da batata inglesa branca, por exemplo, chega a R$ 4,50 entre o supermercado com o valor mais alto e o com o preço mais baixo. O pão francês, que geralmente está presente na mesa dos consumidores, também apresenta diferença de preço de R$ 2,91 no valor do quilo. Já a dúzia de ovos brancos tem o mesmo valor, nos três estabelecimentos pesquisados.
Na comparação com o último mês, o preço da lista de compras variou 0,9%. Em janeiro, os itens pesquisados custavam, em média, R$ 278,06. A diferença é de R$ 2,59.
“Quem faz pesquisa, sempre economiza”
Sair à procura do preço mais baixo já faz parte da rotina da aposentada Tânia Maria Martins Vogel, 62 anos. Todo o mês, a moradora de Rincão de Souza, interior de Venâncio Aires, verifica os valores dos produtos e faz comparações com outros supermercados antes de comprar. “Quem faz pesquisa, sempre economiza”, afirma a aposentada que, uma vez ao mês, costuma fazer o ‘rancho’ completo.
Segundo ela, os produtos sofreram grandes variações de preços. “Lá em casa, moramos entre três pessoas. Há um tempo atrás, com R$ 200 eu comprava todos os itens do mês e agora, gasto em média, uns R$ 400”, comenta Tânia.
De todos os produtos que ela costuma comprar, a carne é o que teve uma maior variação nos últimos meses. Ela também observa que alguns produtos de hortifrutigranjeiro também tiveram aumento de preço, por causa de condições climáticas que afetam a produção, como a estiagem.
*Colaboração Juliana Bencke