Por Carlos Dickow e Letícia Wacholz
O centro transitório de atendimento para pacientes com sintomas respiratórios – estrutura montada no Pavilhão São Sebastião Mártir, para funcionar como ponto de triagem para situações referentes ao coronavírus – ganhou reforço. Ontem, foram instalados no local 70 leitos provisórios. Dez deles são camas hospitalares e outros 60 são camas (30 beliches) cedidas pelo 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) de Santa Cruz do Sul. Alguns dos leitos já estão colocados entre divisórias e os demais devem ser dispostos da mesma forma. A JA Estandes cedeu as estruturas e a Evaporsul fez instalação de climatizadores.
O local será um ponto de apoio ao Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e também à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) quando Venâncio Aires tiver elevação de suspeitas e casos confirmados do Covid-19, como vem sendo projetado em razão do avanço da doença no Brasil e no Rio Grande do Sul. Por enquanto, pacientes com sintomas mais leves têm sido acolhidos no pavilhão e contam com atendimento de uma equipe completa de profissionais de saúde. Até ontem, aproximadamente 200 pessoas passaram pelo local.
“Temos um decreto em vigor e vamos seguir a convicção de que o isolamento social é a melhor forma de evitar o avanço do coronavírus. Diminuindo a capacidade produtiva, os serviços essenciais vão continuar funcionando, com a nossa anuência.”
GIOVANE WICKERT – Prefeito de Venâncio Aires
PRONUNCIAMENTO
Ainda sobre o coronavírus, o prefeito Giovane Wickert fez ontem novo pronunciamento por meio das mídias sociais, procedimento adotado para evitar aglomerações de profissionais da imprensa na sala de reuniões da Prefeitura. Ele ressaltou o fato de que Venâncio Aires não tem caso confirmado de Covid-19, reforçou o pedido para que as pessoas permaneçam em suas residências e lembrou que a indústria também estará parada a partir de hoje.
“Somente poderão funcionar serviços essenciais. Ainda temos algumas excepcionalidades, casos que estão sendo acompanhados pelos nossos fiscais de posturas”, argumentou.
Sobre o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro – que na terça-feira, 24, à noite, manifestou em cadeia nacional o desejo de que o país não pare de forma abrupta -, Wickert afirmou que está seguindo o decreto de calamidade pública do Governo do Estado. “Primeiro vamos cuidar da crise de saúde, depois da crise econômica. Temos o dever de salvar vidas e contamos com apoio de todos”, declarou. Ele voltou a pedir que a comunidade denuncie casos de aglomerações e falou também que o Ministério Público, na pessoa do promotor de Justiça Pedro Rui da Fontoura Porto, está acompanhando as situações.
O prefeito Giovane Wickert está em contato direto com Brasília, na tentativa de liberação imediata de até R$ 3,5 milhões em emendas encaminhadas ainda no ano passado, quando ele, o secretário de Saúde, Ramon Schwengber, e o presidente do HSSM, Luciano Spies, estiveram na Capital Federal.
