Com a confirmação de mais sete focos do Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde de Mato Leitão intensificará as ações de prevenção, principalmente com o objetivo de evitar que a Cidade das Orquídeas tenha casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito, como a chikungunya e o zika vírus. No dia 8 deste mês, o Município já tinha recebido a confirmação de três focos.
Depois disso, na semana entre os dias 12 e 16 mais uma amostra de larva enviada para análise teve resultado positivo. De 19 a 23 foram quatro confirmações e na terça-feira, 27, mais dois focos do mosquito foram registrados. De acordo com a agente de endemias, Tatiana Raquel dos Santos Jacobi, a maioria dos focos encontrados nas duas últimas semanas estava em residências, mas também há casos envolvendo empresas.
Todas as amostras foram coletadas no Centro durante a realização do Levantamento de Índice + Tratamento (LI+T), ação de vistoria realizada diariamente por ela. “Está aumentando muito rápido e o risco de termos focos do mosquito é a contaminação das pessoas com a dengue, chikungunya e zika vírus”, destaca. Ainda, segundo a profissional, a pasta aguarda o resultado de duas amostras de larvas que foram enviadas para análise. No momento, Mato Leitão não tem casos suspeitos ou confirmados de dengue.
Conforme a agente de endemias, apesar das confirmações dos focos terem sido coletadas no Centro, o alerta sobre a necessidade de redobrar os cuidados de prevenção também vale para quem mora no interior. “O mosquito gosta de locais que tenham casas próximas umas das outras. Hoje, nosso interior também tem essa característica”, observa. Tatiana também lembra que municípios próximos já têm casos confirmados de dengue, inclusive com mortes registradas, como é o caso de Santa Cruz do Sul.
A agente de endemias ainda visitou as escolas para fazer a entrega de materiais informativos sobre a prevenção e recebeu o apoio das instituições, que se comprometeram em trabalhar o tema com os estudantes. Ela também tem feito a entrega de fôlderes e repassado orientações para a comunidade diariamente.
Mutirão e testes
Por causa do crescimento no número de confirmações de focos do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Saúde, com o apoio de servidores da Secretaria de Obras, Viação e Trânsito, realizará entre os dias 17 e 21 de maio, um mutirão de limpeza no perímetro urbano de Mato Leitão.
A ação ocorre paralelamente à realização do Levantamento de Índice Amostral (LIA), feito a cada três meses no município pela agente de endemias e agentes comunitárias de saúde. No início deste ano, a atividade não foi feita por causa do aumento no contágio da Covid-19.
Segundo Tatiana, durante o mutirão de limpeza, serão recolhidos objetos que podem ser criadouros do mosquito Aedes aegypti que estejam na rua ou em terrenos baldios. “Cada morador é convidado a fazer a limpeza na sua residência e pátio. O material pode ser colocado na rua para que possa ser recolhido com o caminhão da Secretaria de Obras”, explica.
A agente de endemias também relata que, durante o LIA, ela e as agentes comunitárias de saúde farão vistorias nas residências da área urbana e, caso encontrem recipientes ou resíduos que podem ser criadouros do mosquito, os moradores poderão ser notificados. Caso a limpeza e eliminação do foco não aconteçam no período estipulado, poderá ser aplicada multa.
“Todo mundo precisa ajudar e fazer a sua parte. É um município pequeno e se todos colaborarem é possível controlar”, ressalta. Também por causa do aumento nos focos positivos de Aedes aegypti, diferentes das ouras edições, desta vez o LIA não será feito por sorteio. Por isso, todos os pontos mapeados serão visitados, totalizando 856 residências, 485 terrenos baldios, 150 da categoria ‘outros’, que inclui oficinas, sociedades e praças, e 59 comércios.
O secretário municipal de Saúde, Arcênio Maldaner, salienta que o Município tem trabalhado para prevenir a confirmação de casos de dengue em Mato Leitão. Para isso, além do mutirão de limpeza, está providenciando a compra de testes rápidos para diagnóstico da doença.
A ideia é que os exames sejam feitos nos pacientes com sintomas suspeitos na própria unidade de saúde. “Temos que ter a colaboração de cada morador. Cada pessoa precisa se conscientizar”, reforça Maldaner.
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