Corsan Aegea propõe captação subterrânea como alternativa para o abastecimento em Venâncio

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A Corsan Aegea confirmou que entregou, em julho, um projeto para a Prefeitura de Venâncio Aires apresentando uma alternativa para atender o crescimento e segurança de disponibilidade de água até 2062, que é prazo vigente do contrato. Segundo o superintendente institucional da Região Central da companhia, João Batista Corim da Rosa, esse estudo traz como fonte alternativa de água a captação subterrânea.

Corim já havia revelado à Folha do Mate, ainda em junho, que essa seria a tendência. “Já temos poços em operação e mais dois pontos em Venâncio estão sendo analisados. Serão perfurados tantos quantos forem necessários, porque essa diretriz da captação subterrânea é que a Corsan entende como melhor alternativa para Venâncio, além de seguir com a captação no arroio Castelhano”, informou o superintendente.

Dos poços mais recentes, o 36, que fica no Loteamento Sehnem, região entre os bairros Canto do Cedro e Bela Vista (vazão de 15 metros cúbicos por hora), entrou em operação em julho. Já o Poço 8, que fica na rua Barão do Triunfo, no bairro Aviação, deve operar em alguns dias. A vazão desse é de 28 metros cúbicos por hora. Ainda sem uma data para operar, há o Poço 37, no Loteamento Peiter, no bairro Santa Tecla. João Batista Corim da Rosa salientou que a Prefeitura pode fazer apontamentos a partir do que recebeu. “Não somente a captação, mas continuamos pensando e implementando melhorias nos sistemas de monitoramento de água.”

Prefeitura

A secretária de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza, revelou que o material enviado pela Corsan Aegea é “bem completo, com 400 páginas e também traz outras projeções” (veja box). Deizimara lembrou que a Prefeitura já havia oferecido oito áreas para a companhia abrir poços. “Eles analisaram e confirmaram em seis lugares. Mas o Município vai disponibilizar tantas áreas quantas forem necessárias. A captação subterrânea é uma ação rápida e atende de forma imediata, porque o importante é não faltar água para a população. E também seguimos acompanhando sobre o funcionamento dos reservatórios.”

Captação no rio Taquari

  • A captação no rio Taquari também é uma alternativa projetada pela Corsan Aegea. O valor estimado para isso, conforme apresentado à Prefeitura, é de R$ 27,6 milhões. “Com ampliação de novos loteamentos e da área urbana do município, precisamos buscar novas alternativas sim, seja por poços ou captação da maior capacidade que o município tem hoje, que é o Taquari. Como já existe uma estação específica da Corsan no rio, tem projeção para isso”, explicou Deizimara Souza.
  • Ainda conforme a secretária de Planejamento e Urbanismo, assim se uniria a captação da cidade com a região de Vila Mariante. “Tanto que o novo loteamento em Vila Estância Nova será com água da Corsan, que já atende o presídio [Penitenciária Estadual de Venâncio Aires].”

Reservatórios

Ainda em julho, entrou em operação um reservatório de 100 mil litros, instalado no bairro Cidade Alta, para reforçar o abastecimento de cerca de 8 mil moradores dos bairros Cidade Alta, Xangrilá e região do Parque do Chimarrão, locais que costumam sofrer com falta de água.

Já o reservatório de 500 mil litros no bairro Bela Vista está pronto há alguns meses, mas ainda não opera. Conforme a Corsan Aegea, houve problemas com furtos de equipamentos de telemetria e automação, o que causou demora no funcionamento.

“Os testes estão feitos e queremos ele operando até o verão”, informou João Batista Corim da Rosa. O reservatório, construído próximo ao Parcão, beneficiará cerca de 20 mil pessoas, moradoras dos bairros Bela Vista, Cidade Alta, Xangrilá, Cidade Nova, Gressler, Santa Tecla, Aviação e região do Parque do Chimarrão.

Prefeitura aguarda Caixa sobre estudo hidrológico

A proposta da Corsan, conforme a secretária de Planejamento e Urbanismo, Deizimara Souza, será incluída nas discussões sobre o estudo hidrológico que o Município vai contratar. É esse estudo que vai nortear os planos diretor, de mobilidade e de saneamento.

A revisão do Plano Diretor, aliás, voltou com mais força à pauta dos municípios gaúchos após a enchente de maio. Em Venâncio Aires, por exemplo, onde o rio Taquari deixou um rastro de destruição em Vila Mariante e o arroio Castelhano inundou a parte baixa da cidade (bairros União, Morsch e Battisti), a expectativa é que a revisão seja concretizada, mas, para isso, se aguarda o estudo hidrológico.

Segundo Deizimara, há um contrato com a Caixa Federal – o Município vai pagar R$ 53 mil à instituição – para que apresente um termo de referência e, aí sim, se possa contratar a empresa que vai executar os planos diretor e de mobilidade. Ainda não há confirmação de valores. “Técnicos da Caixa de todo Brasil estão fazendo esse termo de referência para fazermos a contratação. Acredito que até o início de setembro nos entreguem”, projetou a secretária.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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