Uma situação um tanto inusitada – e até certo ponto constrangedora – foi registrada durante a sessão da Câmara de Vereadores de Venâncio Aires desta segunda-feira, 17. Presente ao encontro para responder manifestação de Eligio Weschenfelder, o Muchila (PSB) – que na reunião da semana passada criticou-a por não estar atuando em defesa da comunidade na questão da frequente falta de água -, a defensora pública Luciana Artus Schneider não teve tempo suficiente para o pronunciamento e deixou o Plenário Vicente Schuck inconformada.
Ela enviou ofício à Mesa Diretora da Casa solicitando direito de resposta e foi inscrita no período da Tribuna Livre, espaço que destina cinco minutos para os participantes. Passado o tempo, o presidente da Casa, Dudu Luft (PDT), concedeu mais um minuto à defensora, que mesmo assim não conseguiu passar toda a mensagem desejada. Vereadores chegaram a fazer perguntas para que Luciana pudesse continuar com a explanação, mas o presidente informou que iria cumprir o Regimento Interno e que não poderia lhe dar mais espaço para as considerações restantes.
Sem alternativa, deixou a Casa do Povo, mas avisou: “Tomarei as medidas constitucionais cabíveis”. À reportagem da Folha do Mate e Terra FM, depois da participação na sessão, Luciana afirmou que a intenção era levar informações sobre a atuação da Defensoria Pública de Venâncio Aires, e mandou um recado a Muchila: “Não consegui concluir porque me foi cassada a palavra. Aos vereadores, em especial ao vereador Muchila, creio que os meus 20 anos de serviço público me permitem dar um conselho: gritos na tribuna e críticas irônicas não resolvem os problemas das pessoas. O que resolve é trabalho duro e abnegado, com respeito e acolhimento”.