Dengue: a importância de adolescentes receberem a imunização contra a doença

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Febre, falta de apetite, dor nas articulações, manchas vermelhas pela pele e coceira. Estes foram sintomas que afetaram a saúde de Letícia Taís Sehn, de 13 anos. A adolescente contraiu dengue há três semanas. Letícia se recuperou bem e não teve sequelas, mas ficou bem preocupada por conhecer a doença por meio de conteúdos propostos em sala de aula. “Eu comecei a ter os sintomas e logo pensei que fosse dengue. Em um primeiro momento meu pai insistiu porque eu não quis ir procurar atendimento médico, mas eu fui, estava muito preocupada por conhecer os sintomas”, relata.

O pai, Renídio José Sehn, de 47 anos, comenta que buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde do bairro Santa Tecla. “Somos moradores do bairro e procuramos atendimento mais próximo. Chegamos no posto, recebemos o atendimento e o médico logo disse que era dengue. Então ela fez o teste e deu positivo”, explica.

Junto de Letícia, a irmã Larissa Laís Sehn, de 7 anos, também contraiu dengue, e teve sintomas como febre e falta de apetite, apenas. A mãe das meninas Rosilene Inês Sehn, de 40 anos, comenta que as duas tiveram dengue no mesmo período. “Elas dormem no mesmo quarto e contraíram juntas. Então, procuramos atendimento para elas. Fomos muito bem recebidas e atendidas. Elas ganharam medicamentos e soro. Agora estão bem e não sentem nada”, destaca a mãe. Ela, preocupada com a saúde das filhas, orienta outros pais a cuidarem dos seus adolescentes e realizarem a imunização. “Quando chegaram as vacinas contra a dengue em Venâncio, a Letícia contraiu a doença, então não pude levar ela. Agora, vamos aguardar o período de seis meses e levar ela para receber a vacina. É importante que outros pais levem o quanto antes seus filhos. Devemos aproveitar a chance enquanto tem doses para os adolescentes dessa idade”, reforça.

Além delas, Renídio também teve dengue no mês de fevereiro, mas se recuperou. “Fiquei muito preocupado, porque é uma doença que leva à morte. Tive dores nos músculos, sem vontade de comer, fiquei fraco, sem vontade de fazer nada, e também procurei atendimento. Graças a Deus agora estamos todos bem”, finaliza.

Vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos

A Secretaria Municipal de Saúde de Venâncio Aires segue com a vacinação contra a dengue em crianças e adolescentes dos 10 aos 14 anos. O objetivo do imunizante é reduzir as complicações e internações ligadas à doença. O público estimado para ser imunizado é de 5.945 crianças e adolescentes na faixa etária indicada, mas até o momento apenas 170 doses foram realizadas contra a dengue. A vacinação ocorre na Sala de Vacinas, em anexo da antiga Unidade Básica de Saúde (UBS) Central, de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 11h e das 13h às 16h30min, e aos sábados das 8h às 12h.

Outras vacinas não devem ser aplicadas concomitantemente ao imunizante da dengue. Vale destacar que, quem contraiu dengue poderá tomar a vacina, mas é necessário aguardar seis meses a partir do diagnóstico para iniciar o ciclo de imunização. As crianças e adolescentes devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis, munidos de documento com foto, caderneta de vacinação e cartão do SUS.

Óbitos por dengue

O município de Venâncio Aires registra dois óbitos pela doença. O último é de uma mulher, de 51 anos, que apresentava comorbidades e foi confirmado no mês de junho. O primeiro caso foi de um homem, de 79 anos, morador da área urbana que tinha comorbidades e problema pulmonar, ocorrido no mês de maio. Todos os dados constam no Painel de Monitoramento da Dengue do Estado do Rio Grande do Sul (RS).

Boletim

Na atualização dos casos de dengue registrados na Semana Epidemiológica os dados mostram que são 2.279 casos positivos, 418 negativos e 11 em análise.

Sintomas da dengue

Assim como os sintomas que Letícia, Larissa e Renídio tiveram, a doença pode causar diarreia, dor de cabeça ou ao redor dos olhos. Porém, o paciente pode entrar na chamada fase crítica após três a sete dias do início dos sintomas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A dengue é uma doença dinâmica e pode evoluir rapidamente de uma fase para outra. A orientação é de que seja procurado um serviço de saúde.

Os pacientes com diagnóstico de dengue devem fazer um acompanhamento a cada 48 horas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) para verificar a quantidade de plaquetas e acompanhar a evolução da doença. Uma das recomendações é tomar soro caseiro. Para preparar o líquido, basta misturar um litro de água mineral, filtrada ou fervida (mas já fria) com uma colher de sopa de açúcar (20 gramas) e uma colher de café de sal (3,5 gramas). O volume de líquidos deve ser 60 a 80 mililitros por quilograma por dia, sendo 1/3 de soro de reidratação oral e os dois terços restantes devem ser ingeridos líquidos caseiros como água, sucos de frutas, soro caseiro e chás.

Fonte: AI Prefeitura

    

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