Escolas recebem instalação de biodigestores

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O Programa Lixo Zero, que contempla 23 escolas de Venâncio Aires, já realizou a instalação de biodigestores e fogões em quatro instituições: as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) Bento Gonçalves, Dom Pedro II e Alfredo Scherer, e a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Aloysius Paulino Algayer.

Na terça-feira, 20, a Escola Alfredo Scherer, do bairro Leopoldina, recebeu o biodigestor. A diretora Ionara Raquel Bencke acompanhou a instalação e as orientações de uso. “Aqui onde foi colocada é a horta do Grêmio Estudantil, mas, desde o início da pandemia de Covid-19, está sem cuidados. É um espaço que também temos composteira, que já usamos há algum tempo”, comenta.

Ela esclarece que, quando as aulas presenciais retornarem, será possível utilizar o biodigestor. Por enquanto, como não estão sendo feitas refeições na escola, não há resíduos para colocar. A diretora conheceu os biodigestores através do projeto e afirma que é muito interessante por produzir gás e também para conhecimento e estudo. “É tudo novo para nós e vai ser para os alunos, mas é muito legal, muito bom nossas escolas terem acesso a isso”, avalia.

COMO FUNCIONA

Os biodigestores fazem o trabalho de decomposição de restos de alimentos e outros resíduos orgânicos e os transformam em biogás. Nas escolas, os alimentos colocados no biodigestor devem virar gás de cozinha, em um fogão específico para isso.

De acordo com a fiscal ambiental Carin Gomes, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para iniciar o biodigestor, foram colocados 600 litros de esterco, com água – um processo que deve criar as bactérias que irão fazer a digestão dos alimentos. “Depois do processo de hoje, demora umas duas semanas para que ele comece realmente trabalhar. Quando a escola estiver usando, estiver produzindo, mas não estiver reaproveitando tudo, esse gás é solto aos poucos pelo biodigestor”, explica.

Diferente de uma composteira, que tem restrições de alimentos, no biodigestor, podem ir praticamente todos os restos, só precisa cuidar com excesso de alimentos cítricos. É importante colocar em um espaço que pega sol, pois isso auxilia na produção do gás. Por isso, no inverno, a produção tende a ser menor. “São 10 quilos de alimentos por dia que podem ser depositados no biodigestor. Quando for produzindo o gás, ele vai inchando, pois tem um espaço para isso. Daí colocamos alguns sacos de areia por cima para fazer pressão e depois o gás sair, que vai até o fogão”, detalha Carin.

Ela complementa que todas escolas que receberem deverão preencher diariamente uma planilha com informações sobre os alimentos depositados nos biodigestores, quantidade e outros. Assim, a Secretaria de Meio Ambiente terá um balanço da quantidade produzida e de quanto foi deixado de ir para o aterro sanitário. “Salientamos para as escolas cuidarem, usarem corretamente, também usarem para estudo dos alunos e da comunidade”, destaca.

O gás produzido vai diretamente para um fogão na cozinha da escola
O gás produzido vai diretamente para um fogão na cozinha da escola (Foto: Eduarda Wenzel/ Folha do Mate)
  • Escolas contempladas
    – Emeis Arco Íris, Infância Feliz, Passinho Seguro, Vó Helma, Gente Miúda, Bela Vista, Osmar Puthin, Yolita da Cruz Portella, Aloysius Paulino Algayer e Pingo de Gente, e Casva.
    – Emefs Coronel Thomaz Pereira, Bento Gonçalves, Dois Irmãos, Dom Pedro II, Narciso Mariante de Campos, Cidade Nova, Benno Breunig, Otto Gustavo Daniel Brands, José Duarte de Macedo, Alfredo Scherer, Professora Odila Rosa Scherer e São Judas Tadeu.

Biodigestores serão instalados em 23 escolas de Venâncio Aires

    

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