À medida que a água do rio Taquari baixa, fica cada vez mais visível o cenário de destruição em Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires. São residências, estabelecimentos comerciais, veículos, animais, postes e vegetações engolidos pela força da água que remontam a um retrato de guerra.
O prefeito Jarbas da Rosa tem acompanhado o segundo distrito e é enfático ao ressaltar o quão difícil será a reconstrução. “Esta região, neste momento, está inabitável. As pessoas não podem morar lá, porque não tem escola, não tem posto de saúde, não tem água e não tem luz. E não se sabe quando vai voltar, pode ser questão de meses”, disse, em entrevista à Rádio Terra FM e ao Jornal Folha do Mate, nesta terça-feira, 7.
A Escola Estadual de Ensino Médio Mariante, que recém se recuperava das enchentes de 2023, foi, outra vez, duramente atingida. “Não existe mais, só ficou casco e o telhado, não tem porta, nem janela, não tem nada. É imprevisível [a reconstrução]”, lamentou. Já a Estratégia Saúde da Família (ESF) Mariante, como explica o chefe do Executivo municipal, foi coberta por água até o teto e apresenta rachaduras. Também não há previsão para voltar à operação.
Já os serviços básicos de água e luz também estão em situação dramática. Como recorda Jarbas, são incontáveis postes de luz que foram levados pelo rio. A estação de fornecimento de água na Corsan na localidade, por sua vez, também foi destruída.
“Da Picada Mariante para baixo, o que a gente viu é devastador. […] As condições mínimas públicas de fornecimento não têm previsão”, reforçou.