Pelo menos seis clientes do escritório de advocacia de Paulo Harres procuraram a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Venâncio Aires para comunicar que foram vítimas de golpes ou tentativas de golpes praticados por pessoas que se passaram por funcionários do estabelecimento. Em todos, os estelionatários informaram que haviam sido liberados valores referentes aos processos de aposentadorias, movidos pelas vítimas.
Os golpistas mencionaram que as vítimas tinham entre R$ 91 mil e R$ 104 mil a receber, mas boa parte destes valores seriam ‘comidos’ pelo Imposto de Renda (IR). Mas se as vítimas pagassem um determinado valor, estariam isentas do imposto.
Notícias Relacionadas
De todas as vítimas acessadas pelos estelionatários, via WhatsApp, duas delas acabaram pagando taxas que ultrapassaram os R$ 1,2 mil. Ambas fizeram PIX em casas lotéricas, em nome de desconhecidos. As outras desconfiaram e foram até o escritório do advogado Paulo Harres e foram informadas de que se tratava de um golpe.
Como os golpistas têm acesso a estes dados é uma incógnita, já que todas as vítimas realmente ingressaram judicialmente requerendo sua aposentadoria. E todas têm direitos aos ‘atrasados’.
Por isso os golpes são facilitados, caso as vítimas não prestem atenção a alguns detalhes. O principal deles é que as taxas que devem ser pagas estão em nome de desconhecidos e não do escritório. Isso já é um claro sinal de que algo está errado. Outro é que o escritório não cobra estas taxas.
Portanto, o correto é fazer como quatro destas vítimas fizeram: na dúvida, vá ao escritório do seu advogado e se certifique do que realmente está acontecendo.
Falso contato
Em nota, o advogado Paulo Harres faz o seguinte alerta:
“Nesses casos recentes houve o ‘falso contato’, com proposta imediatista para o depósito de quantias. São condutas criminosas que visam explorar vulnerabilidades tecnológicas e comportamentais das vítimas para obter vantagens financeiras. Nunca se deve fazer transferência sem contatar presencialmente o escritório do seu advogado. Uma vez transferido o valor é quase impossível reavê-lo. Quer pelo fato de os criminosos atuarem com um grau elevado de anonimato e impunidade, quer pela falta ao aparelho policial de ferramentas jurídicas e tecnológicas suficientes para investigar e rastrear os autores de golpes virtuais”.
