A estudante do terceiro ano do Ensino Médio integrado ao curso técnico em Refrigeração e Climatização do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) campus Venâncio Aires, Luiza de Castro Faleiro, de 17 anos, é destaque na instituição em projetos sociais.
Santa-cruzense, ela conta que começou a participar de projetos ainda no Ensino Fundamental, quando foi líder de turma desde o 6º ano. “Sempre fui muito participativa, e gosto disso. Nas férias agora me convidaram para ir à Fenachim com o estande do IFSul e logo concordei”, destaca.
Com 15 anos, fez intercâmbio para Dublin, capital da Irlanda, onde ficou em uma casa com três crianças e os pais de uma família. “Pratico inglês desde os três anos porque meus pais falam, fiz curso por cinco anos.”
A chegada ao IFSul de Venâncio veio por uma indicação de sua professora de Educação Física. Segundo ela, quatro pessoas de sua turma entraram naquele ano, duas para o curso de Refrigeração e duas para Informática. A partir disso, a instituição abriu diversas portas para a jovem, que começou a ter uma atuação marcante em Venâncio.
“Quando fechou tudo com a pandemia, fui convidada a participar do projeto do EducaIF e comecei a montar aulas on-line, modelos para robôs e nessas aulas dávamos oficinas de Scratch (linguagem de programação) para crianças de Venâncio, para os professores e alunos”, compartilha.
Projetos
De acordo com a estudante, após o término do projeto de extensão, foi iniciado outro de pesquisa, e, em breve, existe a possibilidade de um novo projeto com oficinas de robótica para começar nas escolas, entre junho e julho. “Não começamos ele on-line pela falta da possibilidade do manuseio dos robôs, agora queremos iniciar a parte prática”, diz.
Luiza enfatiza que o fato de jovens falarem para jovens é essencial para influenciá-los. “Eles têm uma abertura maior, por que está próximo na idade e eles estão mais abertos a conversar do que com adultos. Damos aulas para pessoas com 15 anos, sendo que temos 17, quase a mesma idade”, observa.
De acordo com ela, o fato de o projeto ser relacionado a robôs atrai a atenção e o interesse de muitos alunos. Ela lembra, no entanto, que existe toda uma preparação, principalmente com relação à programação. “Alguns desistem e outros aprendem após o ‘susto’ inicial e seguem”, pontua.
A estudante ainda faz parte do ‘Movimento Escoteiro’ há 7 anos e está sempre ajudando a comunidade, como por exemplo, com a campanha do agasalho. “Após entrar no movimento mudei bastante, com personalidade e autonomia. A ideia é tomar a frente”, diz.
“É incrível, pode parecer simples, mas abre a mente deles, a influência é enorme.”
LUIZA DE CASTRO FALEIRO
Estudante