Nas últimas semanas, além do bairro Cidade Alta, de onde geralmente vem a maior parte das reclamações, moradores do Aviação, a três quadras do Centro da cidade, relataram problemas com a falta de água. É o caso da professora Rosmeri Mattie, que mora na rua Duque de Caxias. Ela conta que a situação vem de longa data, mas piorou e a preocupação é com o verão. “Se agora, com toda essa chuva, estamos sem água, imagina no verão? Tem vizinho onde a máquina de lavar queimou por causa da água fraca. E quando a água vem, está suja e não tem força para encher a máquina, nem a caixa d’água. Levantei meia-noite para lavar roupa e fiz a mesma coisa às 5h. Isso já virou até piada”, lamenta Rosmeri.
A professora revela que a situação motivou até a criação de um grupo no WhatsApp, o ‘Vizinhos na Seca’. “A gente faz os protocolos na Corsan. Mas faz um e não consegue fazer outro, porque fica uma visita agendada, mas essa visita não acontece.” Ainda conforme Rosmeri, o desabastecimento acontece geralmente nos fins de semana, mas entre os dias 6 e 10 de novembro, foram cinco dias com torneiras secas ou saindo apenas um ‘fiapinho’ de água. “E a conta nós pagamos.”
Também nesse grupo está o contador Augusto Kühleis. Assinante da Folha do Mate e ouvinte da Terra FM, ele procurou a reportagem e disse que “Atualmente a Corsan vem prestando um serviço de baixa qualidade, causando prejuízos e transtornos.” Conforme ele, à exceção do sábado, a sexta-feira passada, o domingo e a manhã desta segunda, 20, não tinha água em casa. “Cada vizinho abriu protocolos. Na minha casa vieram uma vez e disseram que poderia ser de canos entupidos. Então chamei um profissional, ele conferiu e estava tudo certo, tudo normal.”
Sobre problemas no desabastecimento nas últimas semanas, a Corsan Aegea informou apenas que não teve registros no Centro de Operações.