Os 30 anos do museu de Venâncio Aires, contados por seus fundadores

-

A história da fundação do museu de Venâncio Aires está minunciosamente relatada entre as páginas 92 e 122 do livro ‘Gentilmente persistente’, de autoria do médico pediatra aposentado, Flávio Luiz Seibt. O fundador do museu refere que no dia 11 de agosto de 1994 o amigo Lineo Felten, então funcionário da Caixa Federal, lhe comunicou que recebeu a vista do casal Erna e Elwin Wesling, que recentemente havia perdido o único filho, Abílio. “E ele possuía uma pequena coleção de peças antigas e pediu aos pais que a doasse para alguém que a preservasse”, escreveu Seibt em seu livro de memórias.

Seibt e Felten foram até a casa dos Wesling, em Linha Isabel, onde ele descobriu a história dos seu antepassados (Erna é sua prima) e onde a história do Museu de Venâncio Aires começou a ser contada. Eles receberam as primeiras doações, que foram chaleiras e ferros de passar roupa a carvão, entre outras peças, e na volta à cidade, passaram na casa de Otto Haupt e esposa e no Salão Siebeneichler, de Elídio Ludwig, também em Linha Isabel, onde receberam donativos.

Estas peças, conta Seibt, foram guardadas no salão que Felten, através do Núcleo de Cultura (Nucva), estava construíndo no Parque do Chimarrão. Associados foram contatados e Seibt ofereceu uma sala para instalar o museu, na rua Osvaldo Aranha, e definiu a inauguração para o dia 26 de outubro daquele ano.

Com apoio da Folha do Mate, Rádio Venâncio Aires e Gazeta do Sul, começaram a ser traçados trajetos que seriam percorridos pelo interior em busca de doações e assim o museu de Venâncio Aires tomou forma. Faltava espaço para acomodar as peças e a ideia de adquirir o Edifício Storck partiu de Maria Helena Feix Schmidt. “Tínhamos dois problemas: o custo era de U$ 500 mil e não tínhamos nada em caixa”, resumiu Seibt.

A partir de 17 de dezembro de 1994 foram feitas diversas campanhas, com mais de 600 doadores, e Seibt destaca uma verba de R$ 200 mil, em projeto do então deputado estadual, Gleno Scherer. A arrecadação de valores estava em andamento, quando Henrique Storck, um dos herdeiros, cedeu, sem custo, uma sala térrea para que o museu fosse instalado no prédio. Em 27 de abril de 1998 o pagamento foi finalizado, chegando a uma arrecadação de R$ 508.752,15.

Para um futuro próximo, o fundador do museu cita a restauração total do prédio, com troca do telhado e algumas esquadrias, a recuperação total da fachada e a instalação do elevador interno para deficientes, que é obrigatório, por lei.

A palavra do presidente do museu de Venâncio Aires

“Ao mesmo tempo em que estamos felizes, celebrando os 30 anos do museu de Venâncio Aires, devemos estar sempre atentos para o futuro da instituição”. O presidente do museu, Cristiano Pilz, refere a que a direção tem trabalhado incansavelmente na busca de recursos para a restauração do Edifício Storck, conforme projeto já aprovado no IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado). “Temos buscado recursos através de emendas parlamentares de deputados, vereadores e projetos já enviados para leis Rouanet, Aldir Blanc e Paulo Gustavo. Nas próximas semanas iniciaremos a troca do telhado, restauro de aberturas e outros restauros internos com recursos obtidos com os deputados federais Heitor Schuch e Ronaldo Nogueira”.

Para os próximos cinco anos, cita o presidente, “projetamos um prédio completamente restaurado, iluminado à noite, com acessibilidade, elevador e com liberação do terceiro andar para ampliar o espaço de exposições.

Além do restauro do Edifício Storck, uma preocupação constante da direção é atrair cada vez mais os venâncio-airenses para dentro da instituição. “Para isso, temos planejado e executado uma série de eventos culturais, como por exemplo esse que acontecerá amanhã, na frente do museu. Também, como os colégios são um público importante da instituição, estamos em busca de modernizar as exposições com a presença de telas touch screen e com isso tornar o museu interativo e mais atraente para as crianças”.

Leia mais:

https://folhadomate.com/noticias/cultura/museu-o-guardiao-da-historia-de-venancio-aires/


Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido