Possível tentativa de rapto de criança coloca em alerta os moradores do interior de Venâncio Aires

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A terça-feira, 19, parecia ser mais um dia normal na vida de duas irmãs (que preferem não se identificar), que residem em Vila Mariante, sede do 2º Distrito de Venâncio Aires. O filho da mais nova brincava no pátio da casa, como faz costumeiramente, enquanto ela e a irmã conversavam na cozinha. O silêncio foi interrompido por um chamado que vinha da porteira da propriedade. Era uma mulher de cabelos brancos, que pedia insistentemente que a criança, que tem 3 anos, se aproximasse dela.

Este fato, que deixou toda a comunidade de Vila Mariante e arredores em alerta, aconteceu pouco depois das 10h. As irmãs, de 41 e 46 anos são vizinhas e residem na rua Bepe Guimarães. Elas estavam conversando, quando a mais velha ouviu, à distância, alguém falando alguma coisa. “Imaginei que fosse aquelas pessoas que vão nas casas, as Testemunhas de Jeová, e como naquele momento não queria atender, nem fui ver o que era”, disse a mais velha.

Neste momento, o menino de 3 anos estava na porta da casa e então a mais nova ouviu quando alguém o chamou. “Ela dizia vem aqui menininho, vem com a tia menininho.” Então a mãe do menino viu que ele deu atenção à mulher e então foi ver do que se tratava. “Ele ia ir até ela, mas dei um grito e ele parou”, recordou a mulher, que fez uma descrição da desconhecida.

Segundo ela, a mulher tinha cabelos brancos, usava uma saia um pouco abaixo do joelho, mas tinha as pernas lisas e bronzeadas, como se fossem de uma pessoa nova. Por isso, a desconfiança de que ela estava usando uma peruca, para não ser reconhecida. A mulher também se apoiava em um pedaço de madeira. “Uma espécie de um galho de eucalipto e carregava uma bolsa, onde parecia ter alguns doces, algo como pirulitos”, mencionou a mais velha.

O que intrigou ainda mais as irmãs é que assim que a desconhecida as viu, virou as costas e saiu caminhando, quase correndo, sem olhar para trás e sem usar o pedaço de madeira que antes servia de muleta. Ela andou alguns metros e entrou em um automóvel que estava estacionado, que tinha uma pessoa na direção. “Como aqui tem um mato alto na frente das nossas casas, não conseguimos ver o modelo do carro. Somente vi que a parte de cima (teto) era azul clarinho, como se fosse um azul desbotado”, comentou a mãe da criança.

Questionadas se já haviam visto esta mulher ou o veículo circulando por Vila Mariante, disseram nunca ter visto nem a mulher e nem o carro. “E se fossem mesmo Testemunhas de Jeová, não ficariam insistindo em chamar o meu filho e nem saíram fugidos quando nos viram. Estas pessoas são educadas e batem palmas no portão e aguardam serem atendidas”, observou a mãe do menino.

O caso não foi levado ao conhecimento da Polícia Civil, mas as irmãs e demais moradores de Vila Mariante estão em alerta. Baseados nos relatos feitos pelas vítimas, os indícios apontam que a desconhecida pretendia raptar a criança.

Boatos

Ontem à tarde, boatos circularam pela cidade, referindo que havia uma mulher de cabelos brancos rondando próximo as creches, tentando raptar crianças. Oficialmente, nem a Polícia Civil e nem a Brigada Militar receberam relatos sobre este fato.

“No começo não dei atenção, mas depois vi que tinha uma mulher de cabelos brancos chamando meu filho. Ela insistia para que ele fosse até o portão e, quando ela me viu, virou as costas e fugiu. Nunca tinha visto esta pessoa e acho que ela estava usando uma peruca com cabelos brancos, para não ser reconhecida.”

MULHER DE 41 ANOS
Mãe do menino de 3 anos



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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