Com 24.319 votos (89 a menos que em 2018, quando concorreu pela primeira vez), Airton Artus (PDT) novamente ‘bateu na trave’ para tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa. O ex-prefeito de Venâncio Aires foi o quinto mais votado no partido, o que lhe rendeu a primeira suplência como deputado estadual.
Ao avaliar o resultado das urnas (fez 16.309 votos em Venâncio Aires), Artus lamentou e criticou diversos aspectos, entre eles a biometria. “Por que a biometria de novo? Quantas pessoas deixaram de votar? Muitas pessoas foram embora. Venâncio já teve essa experiência e não fui deputado na outra vez porque em Venâncio 4 mil pessoas não se cadastraram ou desistiram. E hoje o mesmo erro. Tem uma norma federal que diz que pode abrir mão dessa biometria para as filas andarem, mas de novo a biometria fez que muitos não votassem.”
O candidato também afirmou que, embora o PDT estivesse enfraquecido em relação a outros pleitos, tanto no cenário nacional como estadual, não pode reclamar do partido. Ao mesmo tempo, entende que é preciso mudar o quadro político partidário. “Se não mudar, a tendência é piorar e só os grandes centros ou quem pertencer a um partido que tenha poder econômico, terá condição de participar da eleição. Numa cidade média como Venâncio, se não houver uma união e não tiver vontade, é muito difícil uma renovação.”
Sobre o futuro, Airton Artus não garantiu sequência na política. “Tenho que reconhecer que tenho 65 anos e não vou ficar eternamente concorrendo. Muito provavelmente não vou mais concorrer, mas quero que, se houver a perspectiva de ter um candidato com potencial aqui, que haja no futuro essa vontade de Venâncio ter um deputado, sensação essa que não experimentei.”
“Vou ser eternamente agradecido. Independente do percentual de votação, a forma como sou tratado em Venâncio é algo fantástico. E acho que isso também é uma vitória. Não é uma vitória eleitoral, mas uma vitória na vida.”
AIRTON ARTUS – Candidato a deputado pelo PDT