Província japonesa conviveu com enchentes históricas

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Durante a viagem da comitiva gaúcha ao Japão, foi possível conhecer a cidade que sofreu com enchentes históricas, semelhante à que o Rio Grande do Sul enfrentou em maio deste ano. A província de Shiga vivenciou, em 1896, uma enchente que durou mais de 200 dias e resultou em 29 mortes e 35 mil residências atingidas. A região é banhada pelo lago Biwa, que é o maior do Japão, e desenvolveu uma série de ações para minimizar os impactos de tragédias climáticas, como as enchentes.

A localidade organizou, por exemplo, um mapa de risco dos desastres hídricos e um controle de inundações. Em outras palavras, há quatro ações em desenvolvimento constante: obras de reparos fluviais, que permitem um controle sobre a fluidez da água do lago; preparação, que são estratégias de evacuação e de treinamento da população em caso de desastres; elevação de terrenos residenciais e a restrição sobre o uso de terras, diminuindo a exposição da população ao risco; e a coleta de água conforme necessário.

O deputado estadual venâncio-airense Airton Artus (PDT) participa da missão e viu de perto essas ações de controle às enchentes e a ideia pode ser usada, principalmente, para auxiliar na contenção dos rios em dias de elevados volumes de chuva. Essas ações integram o mapeamento local de Shiga, que é mais detalhado do que o nacional, dando assim mais agilidade na resposta. “Ficou bem claro nas manifestações dos integrantes do poder público japonês, que são responsáveis pelas áreas do planejamento efetivo, medidas contínuas e a revisão de tais iniciativas periodicamente. Por exemplo, o mapa local será revisado em 2025. Fora isso, todas as medidas são avaliadas na sua aplicação”, destaca.

Medidas de prevenção

  • Eclusas para serem abertas ou fechadas, controlando a vazão do rio,
  • Barragens, que também geram energia.
  • Diques de contenção.
  • Ampliação de partes do rio por meio de escavação.
  • Preservação de parques e florestas para escoar água da chuva.
  • Mapa de segurança de terrenos, com regulamentação dos governos locais. Além dos rios principais, considera os pequenos e os aquedutos locais.
  • Aprimoramento das construções, com elevação de alguns terrenos e restrição em determinadas áreas.
  • Áreas com chance de alagarem 50 centímetros não entram na zona urbana. São usadas para plantio, por exemplo, de arroz. Outras têm permissão desde que com medidas preventivas.
  • Alguns locais autorizam somente residências de dois andares ou mais. No segundo piso, precisa de uma saída de emergência.
  • Treinamentos anuais com entidades da comunidade e em escolas.
  • Sinalizações nas ruas com alturas da água e a respectiva orientação sobre evacuação.

A visita em Shiga, na segunda-feira, 18, marcou o primeiro dia oficial da missão do governo gaúcho à Ásia, que é liderada pelo governador Eduardo Leite. Na oportunidade também houve o reforço da irmandade entre as duas regiões, o Rio Grande do Sul e a província, com o objetivo de ampliar a troca de experiências.

    

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