Turno oposto depende de professores

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Natan Bandeira, pai da estudante Lavínia, de 6 anos, do 1º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Odila Rosa Scherer, entrou em contato com a reportagem da Folha do Mate para reclamar do atraso no início do turno integral na escola. Ele disse que matriculou a filha no início de novembro e optou pela escola exatamente por conta do tempo integral.

“As aulas começaram em fevereiro e a escola informou que o turno estava sendo organizado e começaria após duas semanas, porém o tempo foi passando e a cada vez que questionava sobre o prazo, ele ia se estendendo. Da segunda semana de fevereiro passou para a primeira quinzena de março, depois para a segunda quinzena. Estamos em abril e não tem ainda o turno oposto”, queixou-se.

A filha de Bandeira estuda no turno da manhã e, na parte da tarde, fica com a bisavó, de 72 anos. “Eu não tenho outra opção viável, e assim é com outras várias famílias. O turno oposto particular é caro, inviável financeiramente. E quando ela não pode ficar com a minha avó, eu tenho que faltar ao trabalho ou minha esposa, que é autônoma, deixar de atender as suas clientes. Sem contar o corre-corre que é todo dia ao meio-dia”, ressaltou o pai.

Otto Brands

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Otto Gustavo Daniel Brands, a realidade é semelhante. A escola terá tempo integral, da pré-escola ao 3º ano, que atenderá em torno de 130 alunos. Contudo, segue aguardando a contratação de profissionais.

A reportagem entrou em contato com o secretário municipal de Educação, Émerson Eloi Henrique, e com a assessoria de imprensa da Prefeitura, e a informação foi de que desde o retorno das aulas presenciais, vários professores e profissionais de educação já foram chamados por concursos, contratos e diferentes processos seletivos para garantir atendimento a todas as turmas, sendo difícil esse preenchimento de profissionais. “A próxima etapa é a retomada dos turnos oposto e integral, mas já está em estudo os impactos desse novo chamamento de profissionais”, informou a assessoria de imprensa.

Já o secretário destacou que a Odila (turno oposto), Otto Brands, Escola Municipal Cívico-militar de Ensino Fundamental Cidade Nova e Emef Macedo necessitam da contratação de 28 professores para atender as turmas. Na Emef Macedo, são 96 alunos de pré, 1º e 2º anos, na espera. Na Cidade Nova, as turmas que aguardam são as do pré, 1º e 2º anos.

*Colaborou Marina Mayer



Leonardo Pereira

Leonardo Pereira

Natural de Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires, jornalista formado na Universidade de Santa Cruz do Sul e repórter do jornal Folha do Mate desde 2022.

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