Desde segunda-feira, 4, com a mudança dos atendimentos de especialidades médicas para o Centro de Venâncio Aires, os bairros Cruzeiro e Brígida contam com os serviços e estrutura do antigo Posto de Atendimento Médico (PAM) como Unidade Básica de Saúde (UBS).
Segundo o prefeito Jarbas da Rosa e o secretário de Saúde, Tiago Quintana, a unidade tem atendimento de médico clinico geral em quatro dias da semana (de segunda a quinta-feira, das 7h30min às 12h), além de disponibilizar profissionais como técnico em Enfermagem e enfermeiro, em todos os dias da semana. A unidade de saúde atende agora uma demanda que há muito tempo era cobrada por moradores dos bairros Cruzeiro, Brígida e arredores.
Conforme o coordenador das unidades de saúde de Venâncio Aires, Alan Flores da Rosa, e o coordenador de saúde bucal do município, Jonas Caríssimi, o atendimento de Odontologia na unidade de saúde do bairro Cruzeiro ainda não está sendo oferecido, pois no momento estão em tratativas para instalação do consultório na unidade, que deve iniciar na próxima semana. A previsão é de que no próximo mês já iniciem os serviços com um dentista da rede.
Rosa comenta que na unidade são feitos exames de pré-câncer e curativos em geral. As vacinas de rotina ainda dependem de liberação por parte do Estado para começarem a ser aplicadas na sala da vacinação da unidade, que já oferece os imunizantes contra a Covid-19 e influenza.
Primeira semana
Quem foi usuário do posto nesta semana elogiou os atendimentos. Fernanda Janaína Eloy, 37 anos, compareceu na unidade na tarde de quinta-feira, 7, para consultar com psicólogo. Ela comenta que gostou bastante do atendimento, já que foi a segunda vez que veio ao local. “Quando vim a primeira vez, ainda tinha os especialistas aqui. Agora, percebi que, com menos pessoas, conseguimos um atendimento maior, com mais atenção, ficou muito bom.”
Fernanda é moradora de Linha Herval e veio para a unidade do bairro Cruzeiro depois de ser encaminhada pelo Posto de Vila Palanque. A agricultora afirma que agendou a consulta há uma semana para continuar o tratamento contra a ansiedade. “Uso remédio continuo, mas é importante essa avaliação do profissional e as dicas que recebemos para saber o que fazer nos momentos de crise”, observa. Quem acompanhou a esposa na consulta foi Junior Eloy, de 48 anos, que também elogiou o início dos atendimentos como unidade de saúde.
Uma sugestão da paciente foi que os lembretes de consultas e avisos das unidades de saúde fossem também enviados via WhatsApp, já que na localidade em que reside, o sinal de telefone não é de qualidade. “Evita deslocamentos para cá sem necessidade, como já aconteceu comigo, e hoje em dia, praticamente todo mundo tem o aplicativo.”
Os profissionais que trabalham no local notaram as diferenças na rotina. A enfermeira Aline Royer Iser salienta que as consultas com médico clinico geral, já usam o sistema de acolhimento, com agendamentos ou encaminhamento do paciente para atendimento imediato. “Sempre deixamos margem para as consultas de livre demanda que precisam ser feitas com prioridade. As demais, são marcadas conforme a condição da pessoa, com maior ou menor brevidade.”
O movimento na unidade de saúde sempre foi maior, segundo Aline, até o dia 10 de cada mês, pois neste período os pacientes ostomizados – que fazem uso de bolsa de colostomia – comparecem para retirar os materiais necessários para o tratamento. “No geral, a demanda é sempre contínua, as vacinas são procuradas frequentemente”, afirma.
Novo sistema
• O prefeito Jarbas da Rosa explicou que está em processo de implantação um novo sistema de atendimento em todos os postos de saúde do município. “50% da demanda será agendada e outros 50% estarão disponíveis para atendimentos no dia, para quem chega e precisa do atendimento imediato.”
• O sistema é chamado de acolhimento, pois recebe e direciona todas as pessoas que chegam nas unidades de saúde, seja para agendamento ou para atendimento na unidade, UPA ou hospital. “Independente do problema, a pessoa será ouvida por um técnico ou enfermeiro. É importante saber os riscos, a necessidade, conferir os sinais vitais e saber direcionar para a melhor e mais rápida solução”, finaliza Jarbas, que também é médico.
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