
Mato Leitão - Estudante da turma 203 do Colégio Estadual Ponto Verde estão revolucionando o espaço que abriga a Biblioteca Santa Inês. Desde meados de setembro, o grupo vem repaginando o local situado no primeiro piso da escola, com o objetivo de oferecer um ambiente aprazível para a leitura e a pesquisa.
O projeto denominado ‘Biblioteca Viva’ está sendo executado através da disciplina Empreender, Comunicar e Transformar, que integra o novo currículo escolar do Ensino Médio e é ministrada pelo professor de Geografia, Márcio Dorr.

Os estudantes comentam que havia necessidade urgente de mudar o layout da biblioteca. Como apoio da direção e da turma 202, se iniciou processo de limpeza, de pintura das paredes e instalação de um sofá e um tapete para melhor acolher os usuários. O acervo foi organizado por assunto e a maior parte dos livros encapados. Outra parte das publicações, como livros didáticos fora de uso, foi separada e descartada.

O trabalho também se estendeu para o restante da comunidade escolar e para as famílias dos estudantes, professores e funcionários. A turma 103 auxiliou no projeto, na etapa da aquisição de 189 livros e 63 livros infantis e gibis, novos ou usados em boas condições. Dorr destaca, ainda, que foram priorizadas publicações de interesse dos estudantes, que têm 15 minutos diários de leitura na escola.
O professor lembra que, nos últimos anos, a procura pela biblioteca, por parte dos alunos, havia diminuído. Por isso, a ideia de revitalizá-la, aproveitando a disciplina volta ao empreendedorismo. O trabalho ainda não está concluído, mas tem observado que o comportamento mudou. O movimento de estudantes no local aumentou. O grupo continuará dando suporte à bibliotecária Maira Sthör, afim de manter o espaço organizado, acolhedor e frequentado.
Leitores assíduos
Questionados sobre quem é o(a) principal leitor(a) da turma, todos respondem quase em uníssono: “A Camile!”. Aos 16 anos, Camile Ellert Pilz tem o gênero do romance com seu preferido. Por ano, calcula ler 30 livros, média de 2,5 títulos por mês. Em casa, tem um grande acerto disponível. Parte, ela compra. Mas a grande maioria das obras que lê é do irmão Tiago, 23, de quem herdou o gosto pela leitura. “Ele tem quase uma biblioteca”, diz, orgulhosa.
Dos guris, Felipe Cavalliani, também de 16 anos, é quem mais lê. Tem preferência pelas ficções, que costuma comprar ou retirar na biblioteca da escola.