Há oito anos, quando a dona de casa Elaci Padilha, de 50 anos, se mudou para Linha Marechal Floriano, não imaginava que seria vítima da enchente. Na tarde de hoje, precisou deixar seu lar com auxílio o Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Venâncio Aires, pois faltava pouco para a água entrar. Os três cachorros ficaram em cima do telhado da área da frente. Ela, o marido e dois adolescentes foram levados para a residência de familiares, depois de serem carregados para ‘terra firme’ pela guarnição. O filho de Elaci, André Schlosser, 33 anos, acompanhado das três filhas, também precisou contar com a ajuda de parentes enquanto a inundação está na ‘área de casa’. “Não achei que alagaria tanto dessa vez”, lamentou.
Elaci, antes de se mudar para Marechal, morava em uma residência em Linha Olavo Bilac. No entanto, não esperava que na nova casa pudesse ser atingida por alagamentos. Agora, sempre que chove muito, precisa ficar em alerta. “Não poderíamos esperar até a noite”, comenta.
Desde que a chuva iniciou, na segunda-feira, 22, até o fim da tarde de hoje, já haviam sido registrados 180 milímetros na Capital do Chimarrão. O coordenador da Defesa Civil, Dário Martins, destaca da importância dessas famílias ficarem atentas quando a água se aproxima, principalmente, quando há crianças na casa.
Em caso de emergência, Martins orienta a população a entrar em contato através dos telefones 3983-1142, 3983-1106 ou 995880044.
Chuva ‘bate’ na porta das casas da região baixa
Na última grande enchente registrada, em 2014, dona Claci Schmidt, 76 anos, foi umas vítima da enchente que atingiu o bairro União. Na tarde de hoje, o final da Avenida Rupperti Filho já estava alagado e algumas famílias já buscavam abrigo na casa de parentes e amigos. “Espero que não entre nessas casas e que não chegue até a minha”, comenta. A dona de casa lembra que na última, há cinco anos, o prejuízo com os estragos deixados pela água foi grande.
LEIA MAIS: Alagamento atinge casas da região baixa de Venâncio
