Colisão envolvendo automóveis, no sábado à noite, em uma rodovia estadual e tendo homens ao volante. Este é o perfil que envolve a maioria dos acidentes com mortes nos três primeiros meses de 2019 no Rio Grande do Sul. Os dados são do Departamento de Trânsito (Detran), baseados em informações do Sistema de Consultas Integradas (CSI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Foram 355 acidentes, que envolveram 585 veículos e causaram 386 mortes. Destas, uma foi em Venâncio Aires. No ano já são quatro vítimas no trânsito da Capital Nacional do Chimarrão, contra 18 de todo o ano passado.
Segundo os dados do Detran, a principal causa de acidentes são as colisões, ocasionadas, principalmente, por ultrapassagens indevidas. Dos 355 acidentes, 126 foram por esta causa, o que representa 35,5% do total. A segunda causa de mortes no trânsito são os atropelamentos, o que representa 22% (78 casos), seguidos de colisões laterais, com 38 casos ou 10,7%.
Referente aos veículos, as estatísticas mostram que dos 585 envolvidos, 215 eram automóveis, o que representa 36,8% do total. Em segundo lugar vêm as motocicletas, com 131 acidentes (22,4%) seguido por caminhões, com 87 casos ou 14,9%.
Os dados do primeiro trimestre revelam que 111 das 386 vítimas eram condutoras dos veículos, o que representa 28,8%. Vítimas que conduziam motos representam 24,4% (94 pessoas). No terceiro lugar destas estatísticas aparecem os pedestres, com 78 casos ou 20,2%. De todas as vítimas, 78% eram do sexo masculino e 22% do feminino.
DIA, LOCAL E HORÁRIO
De acordo com o Departamento de Trânsito, 19,4% das vítimas (75 de 386) perdeu a vida em um sábado. Levando-se em conta o horário, 124 do total morreu em uma noite de sábado, o que representa 32,1%. O segundo dia com mais acidentes fatais é o domingo, com 71 casos (18,4%), seguido da quinta-feira, com 60 mortes (15,5%). Afora o turno da noite, as tardes representam 30,3% (117) óbitos e as manhãs vêm a seguir, com 84 casos (21,8%).
Os locais onde mais se registraram acidentes com morte entre janeiro e março deste ano foram as rodovias (194 das 355) ou 54,6%. Em primeiro lugar vêm as municipais, as denominadas VRS, com 156 óbitos ou 43,9%, seguidas de 104 casos (29,3%) nas estaduais e 90 (25,4%) nas federais.