O casal Hilário e Célia Eisermann, casados há 41 anos, acompanharam todo o crescimento de umas das principais ruas de acesso ao município bem como a criação do bairro Eisernann. Hilário, de 62 anos, mora no local desde os oito anos de idade. Casou-se com Célia, 60, em 1973 e continuaram a morar no mesmo terreno, que pertencia ao seu pai. Foi onde criaram os filhos Cléber e Márcia e residem até hoje. No mesmo pátio o casal construiu o local de trabalho de Hilário – uma estofaria – atividade que desempenha a mais de 30 anos.
Folha do Mate – Há quanto tempo residem aqui?
Hilário – Essa área era dos meus pais, depois do casamento ficamos por aqui, mas eu moro desde os oito anos de idade. Na época, era só mato na volta, só tinha uma estradinha estreita que ia até a famosa sanga de areia. Tinham apenas três ou quatro moradores no que agora é Loteamento Eisermann. São 41 anos de casados, todos vividos aqui.
Folha do Mate – Quais foram as principais mudanças que vocês viram com o passar do tempo?
Hilário e Célia – O lugar mudou muito e para melhor. Abriram várias ruas, asfaltaram, podemos dizer que mudou 100%. Antes era tudo diferente, tudo muito longe. Agora tem vários horários que o ônibus passa aqui na frente. Temos mini-mercados aqui perto também, antes tínhamos que ir até o centro. Só não temos creche e posto de saúde, que fazem muita falta. A creche mais perto é a do bairro Macedo e o posto de saúde tem que ir no Gressler ou no hospital. é uma pena, temos várias indústrias aqui e temos que sair do bairro para ter esses serviços.
Folha do Mate – Antigamente como vocês se locomoviam na cidade? Tinham carro?
Hilário – Na época do meu pai nós tínhamos uma charrete que usávamos para entregar leite na cidade. Quando casamos tínhamos apenas uma bicicleta que usávamos pra tudo. Depois de um tempo consegui comprar uma moto e o carro veio em seguida.
Folha do Mate – é um lugar bom e seguro de se viver?
Hilário e Célia – Sim, nunca tivemos problemas de segurança aqui, graças a Deus. Normalmente deixamos o portão aberto e nunca nos levaram alguma coisa. A maioria dos nossos vizinhos na volta são nossa família. A vizinhança é muito tranquila. Claro que antigamente nós não tínhamos todo esse movimento na frente, hoje passam carros e os caminhões das empresas o tempo todo. Tem bastante barulho, mas a gente acostuma. O único perigo aqui é a velocidade dos carros. Colocaram dois quebra-molas, ajudou muito, mas mesmo assim eles andam rápido. Para atravessar a rua é uma briga.