Para alguns, é considerada uma rua coadjuvante na Capital do Chimarrão. Já para Nelcy Schwingel, de 82 anos, é diferente. A aposentada relata que seus pais moraram numa residência localizada na Tiradentes por 55 anos e que ela, – que é viúva e mora sozinha – se mudou em 2016, após o falecimento da mãe Leocade. Ela conta que, anteriormente, residia no bairro Santa Tecla e considera a mudança positiva.
Para Nelcy, o ponto mais importante da rua Tiradentes é estar próximo de todas as suas necessidades. A menos de uma quadra da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), a idosa garante que o local é muito seguro e nunca teve medo. “O terreno é bem fechado e, mesmo que não fosse, duvido que alguém arriscaria fazer algo tão perto da delegacia”, brinca.
Além disso, ela ainda frisa que os médicos são perto, o comércio também, e, com isso, ela não precisa se deslocar em grandes distâncias. Contudo, Nelcy diz que o único problema é que quase não tem vizinhos próximos, pois boa parte da rua é comercial.
Mudanças
Segundo ela, o trânsito é uma das questões consideradas ruins. Principalmente, quando motocicletas passam na rua, pois o barulho é alto e, até para conversar dentro da residência, é complicado. No entanto, é apenas um ‘detalhe’ para a moradora, que afirma já ter se acostumado com todo o movimento.
Ela relembra que, durante o período em cuidava da mãe e ainda morava na Santa Tecla, tinha dificuldades para dormir à noite na Tiradentes. “Era muito barulho e o tempo todo, eu não estava acostumada, na minha outra residência quase não passava veículos nesse horário”, diz.
Porém, a maior alteração desde que mora na rua Tiradentes foi a instalação da sinaleira no cruzamento com a rua Sete de Setembro, uma quadra de distância da residência. “Depois, com a mão única, melhorou bastante. Até para sair de carro ficou mais fácil, por que é só esperar fechar o sinal”, destaca.
Sozinha (mas não muito)
Apesar de morar sozinha, Nelcy recebe visitas frequentes dos filhos e parentes. Um dos filhos, Edson, a visita todos os dias. A idosa enfatiza que sempre tem uma companhia e, por exemplo, alguns ‘conhecidos’ do interior quando precisam fazer algo no Centro, procuram a casa de Nelcy para passar alguns minutos e conversar. “Como é bem no Centro, eles aproveitam o ‘embalo’ e aparecem aqui”, pontua.
Além disso, ela costumava ir na praça Coronel Thomaz Pereira aos domingos à tarde, com um grupo de amigas. Agora recebe a filha nas tardes de domingo. Nas quartas, as amigas se reúnem no Café Museu e, as vezes, Nelcy consegue ir. “Na realidade, sempre tem algo para fazer.”
Entre os passatempos da aposentada está tomar chimarrão sentada na frente da casa, e utilizar o celular – que, segundo ela, é um vício, uma perdição, pois depois que cria a rotina é difícil parar. Também gosta de ler jornal algumas vezes assistir televisão.
“Considero um local seguro e tranquilo. Estou bem protegida e feliz aqui.”
NELCY SCHWINGEL
Aposentada